quarta-feira, 31 de março de 2010

Enfermeiros acusam ministra da Saúde de "desonestidade intelectual".

"A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Fátima Monteiro acusou hoje a ministra da Saúde de "desonestidade intelectual" sustentando "não ser verdade" que um protocolo assinado com o sector privado preveja um salário inferior.

"Isso é uma falsa questão, não é verdade. A convergência com o sector privado foi um grande passo", afirmou a sindicalista Fátima Monteiro.

A sindicalista considera as afirmações de Ana Jorge uma "desonestidade intelectual" porque - frisa - a proposta do governo prevê 1200 euros faseados em três anos para a entrada de carreira, enquanto no sector privado, no âmbito deste acordo, "ninguém entra agora a ganhar menos de 1070 euros".

"Nesse acordo, um colega do privado ganha mais 50 euros do que o que aufere quem ingressa na função pública actualmente, que recebe 1.020 euros", sustentou a sindicalista.

A responsável do SEP comentava declarações da ministra da Saúde, Ana Jorge, que terça-feira estranhou o facto de o sindicato ter assinado um contrato colectivo de trabalho com os hospitais privados que prevê um escalão de entrada na carreira com um salário de 900 euros.

"O mesmo sindicato que connosco não está a aceitar a proposta que nós lhe estamos a fazer dos 1200 euros (180 euros mensais a mais) à entrada de carreira, que é igual a todos os licenciados da administração pública, com o sector privado está a aceitar 900 euros", afirmou então Ana Jorge.

Os enfermeiros cumprem hoje o terceiro dia greve, uma paralisação que termina quinta de manhã e visa lutar por actualizações salariais e a valorização da carreira dos profissionais de enfermagem." Link


Ministério reconhece injustiça que propõe aos enfermeiros!...

Ordem dos Enfermeiros diz que serviço de emergência de Lisboa funciona sem técnicos de saúde




Cada vez melhor sra. Ministra, parece que anda a "perseguir" os enfermeiros para os "tramar", mas olhe que a população não dorme. Uma vergonha, para um ministério da saúde, "experiências" sra. Ministra, com a saúde das pessoas não se fazem experiências, "vão fazer uma avaliação"!, a avaliação está mais que feita, pura e simplesmente não resulta, os erros são mais que evidentes, aliás como se pode concluir depois de ver o documentário.

J.V.

Enfermeiros continuam únidos manifestando a sua indignação.





RTP - ANTENA ABERTA

RTP - ANTENA ABERTA

Clicar e ouvir com atenção.

terça-feira, 30 de março de 2010

Não é só o início de carreira.


Só se fala em início de carreira e em 1200 euros e os que estão a exercer, na transição a sra. Ministra não disse que a sua proposta é ZERO, e mesmo os 1200 de inicio de carreira é faseado em 3 anos, mas para os outros profissionais da função pública nunca foi faseado, não aceitamos ser discriminados. Na progressão da carreira actual, já me devem dois escalões, onde estão?, está muita coisa em jogo não é só o início da carreira, as progressões como são feitas no futuro? e os colegas especialistas, ficam na mesma?, estão muitas coisas para negociar, não venha só falar do início de carreira, eu estou há vinte anos na enfermagem e tenho de base salarial 1380 euros, devem-me dois escalões, por isso minha sra. não esteja admirada dos enfermeiros estarem em greve. Se deu 17% de aumento aos enfermeiros onde estão os meus?!... em lado nenhum, pois só se refere ao início da tabela salarial, para os que já estão na carreira a exercer à anos e que são licenciados ficarão na mesma. Inadmissível e injusto.
J.V.

Dados da greve.




Notícias.


Clica e Lê:
Sindicato garante adesão de 92% no segundo dia de greve.

Dados da greve.

Fica aqui bem expresso o descontentamento dos enfermeiros.
Pode o governo fazer os malabarismos que quiser, estes são os números.

J.V.

Entrevista com Guadalupe Simões.



Adesão de 93% no edifício principal dos HUC, total no bloco operatório central.

"A greve dos enfermeiros registou hoje à tarde uma adesão de 93 por cento no edifício principal dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC, EPE), tendo sido total no respetivo bloco operatório central, segundo uma fonte sindical.

O coordenador da direção regional de Coimbra do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Paulo Anacleto, disse à agência Lusa que a adesão no bloco de Celas dos HUC foi de 100 por cento, enquanto na Maternidade Daniel de Matos, outro estabelecimento que faz parte dos Hospitais da Universidade, paralisaram 83 por cento dos profissionais desta classe.

Não foi possível obter junto dos HUC nem da Administração Regional de Saúde do Centro ou da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde dados sobre o impacto da paralisação dos enfermeiros naquele hospital universitário.

Outros números relativos ao turno da tarde, o primeiro no qual a greve se fez sentir, em vários estabelecimentos de saúde da cidade, facultados pelo dirigente sindical, indicam uma adesão de 89 por cento no Hospital dos Covões e de 75 por cento no Hospital Pediátrico, duas das unidades do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC, EPE).

Nos Institutos Português de Oncologia e da Droga e da Toxicodependência de Coimbra a paralisação foi hoje total, enquanto no Hospital de Sobral Cid se situou nos 84 por cento, adiantou Paulo Anacleto.

"Tudo o que estava programado para a tarde não foi realizado", disse o membro da direção nacional do SEP, lembrando que a preparação dos doentes para cirurgias ocorre nos turnos da tarde e da noite.

Ao início da tarde, pouco depois do começo da greve às 14:00, a agência Lusa constatou em alguns serviços dos HUC que as consultas, contudo, decorriam ainda normalmente.

António, um utente oriundo do concelho vizinho de Penacova, aguardava, cerca das 15:00, ser chamado para a sua consulta de Oftalmologia, o mesmo acontecendo com um doente residente em Coimbra, que esperava também a sua vez neste serviço dos HUC.

Também no Serviço de Otorrinolaringologia, Maria da Saudade, moradora na Granja do Ulmeiro, aguardava que a chamassem para a consulta marcada para as 16:00, não se tendo apercebido, tal como aqueles pacientes de Oftalmologia, de nenhuma cancelamento hoje à tarde em virtude da greve dos enfermeiros.

"Os efeitos [da paralisação] nas consultas externas serão mais visíveis a partir de amanhã [terça feira]", disse o dirigente do SEP.

A greve dos enfermeiros termina às 08:00 de quinta feira." Link

segunda-feira, 29 de março de 2010

De acordo com o sindicato que representa estes profissionais, a percentagem de adesão alcançou os 91 por cento.


"Não há greve sem números díspares entre sindicatos e Governo. A dos enfermeiros, que se iniciou esta segunda-feira à tarde, não é excepção. De acordo com o sindicato que representa estes profissionais, a percentagem de adesão alcançou os 91 por cento. Dados muito diferentes são os disponibilizados pelo Ministério da Saúde, que faz descer a taxa para os 50,6 por cento.


Esta segunda-feira, o protesto fez-se sentir pouco nas cirurgias e nas consultas externas que se realizam nos hospitais e nos centros de saúde, uma vez que estas se realizam na sua maioria de manhã e a greve iniciou-se apenas às 14:00. Mas nos próximos dias, a paralisação deverá ser mais notada neste tipo de serviços.

Os enfermeiros queixam-se de estar a ser prejudicados. Em declarações à Lusa, Guadalupe Simões, do Sindicados dos Enfermeiros disse que os profissionais são alvo de «discriminação» por parte «do Ministério da Saúde».

A sindicalista considera que o Governo «relega os enfermeiros para licenciados de segunda» por não serem pagos de acordo com a lei. «Se um nutricionista ou um advogado ou um outro profissional qualquer fosse admitido para um hospital seria por um mínimo de 1200 euros, enquanto para os enfermeiros, que já são licenciados, o Ministério da Saúde tem uma proposta de manter de 1020 euros até 2013», disse.

Também à Lusa, uma fonte do Ministério da Saúde disse este fim-de-semana, que, apesar do Executivo respeitar o direito ao protesto, lamenta que este aconteça numa altura em que ainda decorrem negociações.

A greve tem final marcado apenas para quinta-feira, às 8:00."Link


Claro, os números do governo têm que ser diferentes, contabilizam o n.º total de enfermeiros e não os que estão escalados nesse turno, é evidente que os números não podem ser os mesmos.

"...lamenta que este aconteça numa altura em que ainda decorrem negociações...". Negociações Sra. Ministra!..., há quanto tempo apresenta uma mão cheia de nada aos enfermeiros e adia reuniões atrás de reuniões, negociar é apresentar propostas válidas como ponto de partida para negociar. A Sra. até agora não apresentou nada de concreto, inclusivamente teve o descaramento de apresentar recentemente uma proposta que baixava e muito o salário dos enfermeiros (998 euros). ou tem a memória curta?... Tenho vinte anos de profissão sou licenciado e tenho uma base salarial de 1 380 euros, vinte anos Sra. Ministra e pergunto?, não é verdade que na sua proposta em relação à transição para os enfermeiros  a Sra. propôe ZERO para quem está em funções, ou seja, transita precisamente com o mesmo vencimento, então não propôe nada. Já chega de manipular a comunicação social. tenha "bom senso".

J.V.


Ministério da Saúde/Governo teima em mentir.

Link



Para além desta questão, o M. Saúde não apresenta qualquer proposta de revalorização para os restantes 33441 enfermeiros (total de enfermeiros a exercerem funções no SNS = 39.470)


Lisboa, 29 de Março de 2010 A Direcção
SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES

Sim e os licenciados que estão a exercer, é zero?...

J.V.

Enfermeiro Especialista sem vínculo há sete anos .

Contrato anual Daniel Lopes tem 30 anos e, desde que começou a trabalhar como enfermeiro, ainda não obteve um vínculo definitivo à instituição que o empregou: o Hospital Júlio de Matos. Um exemplo de longa precariedade apesar de já estar especializado em saúde mental e psiquiatria.


"Sempre gostei de saúde mental. Mas na altura em que fiz a formação estava ainda com contratos de três meses. Se fosse despedido..." Em 2007, os contratos trimestrais passaram a ser renovados anualmente, mas Daniel Lopes é hoje um dos enfermeiros que aguarda solução até Julho. Se não for contratado vai ficar fora do serviço. E o seu caso não é dos piores: "No meu hospital há 60 enfermeiros com contratos a termo, mas agora investe-se em profissionais a recibos verdes", refere.

A instabilidade tem impacto para os doentes e para si. "Sinto-me inseguro e condicionado na actividade enquanto especialista. O mesmo se passa com a minha vida pessoal. Sou casado com uma enfermeira e quero ter filhos, mas a decisão tem sido adiada, em parte devido à instabilidade".

O casal de enfermeiros optou por investir na formação. "Estamos a tentar garantir melhores condições de vida enquanto não sou definitivamente integrado". Link

Ainda há quem fique admirado com a greve dos enfermeiros!
Sete anos sra. Ministra da Saúde de precaridade, mas há mais muito mais.
Força colegas, vamos fazer uma grande greve, vamos mostrar o nosso descontentamento, vamos lutar porque a nossa luta é justa.
J.V.


Os enfermeiros iniciam hoje mais uma greve.

domingo, 28 de março de 2010

Contra "discriminação".Sindicato dos Enfermeiros espera "fortíssima adesão" a nova greve.

"O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) está a contar com uma “fortíssima adesão” à greve que tem início às 14h00 de segunda-feira e perdura até às 8h00 de quinta-feira. A estrutura representativa dos profissionais de enfermagem queixa-se de “discriminação” por parte do Ministério da Saúde, enquanto que a tutela lamenta que os sindicatos tenham convocado a acção de protesto em “altura de negociações”.Sindicato dos Enfermeiros espera "fortíssima adesão" a nova greve

Na base da nova greve dos enfermeiros permanece o "sentimento de discriminação" que os profissionais "sentem por parte do Ministério da Saúde". Quem o diz é a dirigente do SEP Guadalupe Simões, que, em declarações à agência Lusa, acusa o Ministério de Ana Jorge de tratar os enfermeiros como "licenciados de segunda".

"Se um nutricionista, ou um advogado, ou um outro profissional qualquer fosse admitido para um hospital, seria por um mínimo de 1.200 euros, enquanto que para os enfermeiros, que já são licenciados, o Ministério da Saúde tem uma proposta de manter 1.020 euros até 2013", assinala a dirigente sindical.

Guadalupe Simões espera uma "fortíssima adesão" à greve da próxima semana, mas garante que desta feita a acção de protesto "terá menos impacto nos centros de saúde". Os serviços mínimos vão ser cumpridos em todas as unidades de saúde que prestam serviços de 24 horas nos sete dias da semana.

"A greve começa na segunda-feira no período da tarde, o que significa que os centros de saúde estão a funcionar, da mesma forma que estarão a funcionar na quinta-feira", explicou a responsável do SEP, admitindo que os efeitos da paralisação se façam sentir nas "consultas externas, nos centros de saúde na terça e quarta-feira e nos blocos operatórios".


Greve "é um direito"

A 18 de Março, no decurso de uma interpelação parlamentar do Bloco de Esquerda, Ana Jorge alegava que os enfermeiros portugueses estariam a recusar, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, salários acima dos valores que aceitam no sector privado. A ministra da Saúde prometia, por outro lado, "um esforço empenhado" no sentido da regularização de quatro mil enfermeiros que vivem um quadro de precariedade laboral. A tutela propõe que os seis mil profissionais aquém do "escalão idêntico ao dos licenciados na Administração Pública" tenham acesso à categoria até 2013, ao ritmo de um terço por ano...

...Rui Prudêncio argumentou que o salário proposto para os licenciados em enfermagem que entrem na carreira é de 1.201 euros, mas a deputada do Bloco disse ser "falso o que é dito sobre os enfermeiros terem o mesmo salário do que os restantes técnicos superiores da Administração Pública".


Ana Jorge reiterou, na passada sexta-feira, a abertura do Ministério para "dialogar com os sindicatos". Contudo, excluiu quaisquer negociações na vigência da paralisação. "Depois da greve se verá", concluiu a ministra da Saúde, que, à entrada do auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde falou no encerramento de um congresso subordinado ao tema "O Sistema Português de Saúde - Inovação e Qualidade", recebeu do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses um ramo de cravos vermelhos e um conjunto de documentos.

 
"A senhora ministra, por mais que diga que nós temos razão, não concretiza na prática o diálogo. Dá com uma mão e tira com a outra", afirmava então Paulo Anacleto, do SEP. Embora reconheça que a greve "é um direito", o Ministério da Saúde lamenta que a acção de protesto decorra numa "altura de negociações"." Link

Greve de enfermeiros pode afectar recolha de sangue.

"O presidente do Instituto Português do Sangue (IPS) admitiu, este sábado, que a greve dos enfermeiros da próxima semana poderá afectar a recolha de sangue, mas considerou que as actuais reservas são suficientes, além de terem sido tomadas medidas de prevenção.

No Dia Nacional do Dador de Sangue, que se assinala este sábado, Gabriel Olim disse à agência Lusa que o consumo de sangue tem aumentado bastante, mas o número de doações também: «Estamos numa situação bastante boa, temos uma reserva de sangue suficiente para 12 dias de consumo normal».

Neste momento, a média das colheitas situa-se nos 1160 sacos/dia, o que permite ultrapassar algumas dificuldades que possam eventualmente aparecer, explicou o responsável, aludindo à greve dos enfermeiros, que tem início na segunda feira à tarde e se prolonga até à manhã de quinta feira.

A juntar à greve encontra-se um dia feriado (Sexta-Feira Santa). «No fundo, são cinco dias com pouca colheita de sangue. (...) Felizmente que as reservas que acumulámos durante este mês nos permitem ultrapassar, possivelmente, essa crise», disse.

Gabriel Olim explicou que devido à greve também haverá uma diminuição de consumo nos hospitais, embora não chegue aos níveis do fim-de-semana, em que descem para 600 sacos de sangue por dia. Para atenuar esta situação, o Instituto Português do Sangue (IPS) antecipou algumas colheitas e, tal como os hospitais, está a recrutar dadores.

Segundo o responsável, os bons níveis de reserva de sangue devem-se também ao apelo realizado em Fevereiro pelo Instituto Português do Sangue: «As pessoas mobilizaram-se e continuamos com níveis altos de adesão à doação de sangue». «As associações também têm feito um trabalho suplementar no sentido de congregar cada vez mais pessoas e acho que estamos no bom caminho», sublinhou, lembrando que o que aconteceu em Fevereiro não foi uma ruptura, mas sim uma baixa da reserva de sangue.

O IPS tinha estabelecido, como mínimo, a existência de sangue suficiente para quatro dias de actividade, e isso existia, o que não existia era capacidade do IPS para reabastecer os hospitais se necessitassem mais, justificou." Link

Greve dos Enfermeiros inicia-se amanhã à tarde.



Os enfermeiros começam esta segunda à tarde uma nova greve, a segunda desde o início do ano, por causa de questões relacionadas essencialmente com as tabelas salariais.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) afirmou esperar uma “fortíssima adesão” à greve que começa às 14:00 desta segunda-feira e termina às 08:00 de quinta feira. O protesto durará na prática menos tempo do que a anterior greve, realizada em janeiro.

“Apesar de serem mais dias, [esta greve] terá menos impacto nos centros de saúde do que a anterior greve, por exemplo”, afirmou à Lusa Guadalupe Simões, dirigente do SEP.

A anterior paralisação abrangeu três dias completos. Desta vez, no entanto, a greve começará com um turno da tarde, que “na maior parte dos centros de saúde não tem esta definição”, e acabará às 08:00 da manhã de quinta feira, o que significa que todos os enfermeiros terão de ir trabalhar nesse dia.

A sindicalista lembrou que na origem da greve continua a estar o “sentimento de descriminação que os enfermeiros sentem por parte do Ministério da Saúde”.
Segundo Guadalupe Simões, a tutela “relega os enfermeiros para licenciados de segunda”, ao não serem pagos conforme a lei: “Se um nutricionista ou um advogado ou um outro profissional qualquer fosse admitido para um hospital seria por um mínimo de 1200 euros, enquanto que para os enfermeiros, que já são licenciados, o Ministério da Saúde tem uma proposta de manter de 1020 euros até 2013”.

A responsável acrescentou não haver “preocupações acrescidas [para os utentes] porque na situação de uma doença súbita, os enfermeiros estão a prestar serviços mínimos em todos os serviços de urgência”.

Guadalupe Simões disse ainda que os serviços mais afetados “são sempre os mesmos”, mas salvaguardou algumas diferenças associadas ao horário desta paralisação.

“A greve começa no período da tarde, o que significa que os centros de saúde estão a funcionar [hoje], da mesma forma que estarão a funcionar na quinta feira”, explicou.

Assim, os efeitos serão mais sentidos nas “consultas externas, nos centros de saúde na terça e quarta feira, e nos blocos operatórios”.

Fonte oficial do Ministério da Saúde disse à Lusa, no fim de semana, que a tutela respeita o direito à greve dos enfermeiros, mas lamenta um protesto destes quando decorrem ainda negociações entre as duas partes. Link


sábado, 27 de março de 2010

Enfermeiros continuam a Lutar.





Na reunião de 24 de Março com a CNESE, Ministério da Saúde/Finanças NÃO apresentaram proposta de alteração:


1. De início da Carreira;

2. Da entrada em vigor do início da Carreira pela posição remuneratória 15 — só em 2013;

3. De revalorização salarial nas transições;

4. Dos Rácios para a categoria de Enfermeiro Principal — mantém os 10%;

5. Para mudança de Escalões e restantes matérias.





Fartos de "Bom Senso" e de esperar os Enfermeiros continuam a Lutar.



No Porto dia 31 de Março, amos continuar mostrar a nossa indignação percorrendo,em autocarro turístico,a cidade do Porto entre os vários hospitais – 31 de Março às 9h30 frente ao Hospital de S. João.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Ana Jorge lamenta greve dos enfermeiros após receber cravos de sindicalistas.


"A ministra da Saúde, Ana Jorge, lamentou hoje a marcação de uma nova greve dos enfermeiros para a próxima semana, indicando que "não haverá negociações" com os sindicatos enquanto durar a paralisação.

"Lamentamos muito estes dias de greve agora marcados", declarou esta tarde Ana Jorge aos jornalistas em Coimbra.

Reiterando a abertura do Governo para "dialogar com os sindicatos", a ministra disse que "não há negociações" durante a paralisação de quatro dias dos enfermeiros do Sistema Nacional de Saúde e que "depois da greve se verá".

A greve dos enfermeiros vai decorrer nos dias 29, 30 e 31 de março e 01 de abril.

Um grupo de enfermeiros abordou hoje Ana Jorge à entrada do auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde a governante interveio no encerramento do congresso de dois dias subordinado ao tema "O Sistema Português de Saúde - Inovação e Qualidade".

"Os enfermeiros exigem respeito", lia-se numa faixa que alguns profissionais exibiram à chegada da ministra.

Paulo Anacleto, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), entregou a Ana Jorge uma ramo de cravos vermelhos e alguns documentos.

"A senhora ministra, por mais que diga que nós temos razão, não concretiza na prática o diálogo. Dá com uma mão e tira com a outra", declarou o dirigente aos jornalistas.


O SEP é uma das estruturas sindicais que convocaram a greve dos enfermeiros para a próxima semana.
Os enfermeiros vão avançar para nova greve nacional depois de na última ronda negocial, na quarta feira, o Ministério da Saúde não ter atendido as exigências dos sindicatos em matéria salarial." Link

Jovens enfermeiros entregam duas mil cartas no Ministério da Saúde.

Jovens enfermeiros entregam duas mil cartas no Ministério da Saúde.


Concentrados à porta do Ministério da Saúde, jovens enfermeiros entregaram hoje duas mil cartas dirigidas a Ana Jorge. Em véspera de uma greve que vai durar 4 dias, os jovens enfermeiros queixam-se da precariedade mas, acima de tudo, não percebem como é que há desemprego, quando há serviços de saúde que precisam de mais enfermeiros. Queixas escutadas pelo jornalista Nuno Felício.
 
 

Reunião de 24 de Março.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sindicato diz que ministério "empurra" profissionais para nova greve .

"O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusou hoje o Ministério da Saúde de "empurrar" estes profissionais para a greve ao não ter alterado a proposta sobre as tabelas remuneratórias.

Os enfermeiros vão avançar para quatro dias de greve nacional depois de na última ronda negocial, na quarta feira, o Ministério da Saúde (MS) não ter atendido as exigências dos sindicatos em matéria salarial.

"Como ontem [quarta feira] não houve qualquer alteração nem qualquer ponderação nesta questão central [tabelas remuneratórias], a direção [do sindicato] decidiu manter a greve de quatro dias", revelou o coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), em declarações à agência Lusa.
De acordo com José Carlos Martins, a culpa é do Ministério da Saúde que "empurra os enfermeiros para uma nova greve porque não resolve a questão".
Já na passada terça feira, dia 16, o SEP admitia avançar com quatro dias de greve no final do mês se o Ministério da Saúde não alterasse a proposta sobre as tabelas remuneratórias.
Estes profissionais já estiveram em greve no final de janeiro, durante três dias, e a adesão média ficou acima de 90 por cento, segundo dados dos sindicatos.
Tal como explicou José Carlos Martins, a proposta da tutela pressupõe aumentar os enfermeiros licenciados de 1020 euros para 1200 euros faseadamente, durante os próximos três anos, até 2013.
Assim, os 6 mil enfermeiros, do total de 39 mil, que recebem hoje menos de 1200 euros vão ser repartidos em três grupos de dois mil enfermeiros cada.
"Em 2011 dois mil enfermeiros que recebem 1145 euros vão receber um aumento de 56 euros, em 2012 são mais dois mil e em 2013 serão 1029 a receber um aumento de 56 euros, 676 um aumento de 137 euros e 386 um aumento de 181 euros", explicou o coordenador do SEP.
"O que nós não compreendemos é como é que o Ministério [da Saúde] justifica e não apresenta nenhum fundamento de por que é que paga 1200 euros a um licenciado em Direito que entra num hospital e paga 1020 a um enfermeiro", justificou.
Nesse sentido, o SEP mantém a greve marcada para os dias 29, 30 e 31 de março e 01 de abril.
José Carlos Martins acrescentou que no dia 29 de março a greve decorre durante a tarde, nos dias 30 e 31 de março decorre durante todo o dia e no dia 01 de abril termina às 08:00.
O coordenador do SEP disse ainda que em matéria de serviços mínimos, em todos os serviços que habitualmente funcionam 24 horas por dia, nos sete dias da semana, haverá o mesmo número de enfermeiros que existe durante o turno da noite."Link

MANTÉM‐SE a GREVE dos ENFERMEIROS.



"Após mais uma reunião negocial concretizada ontem, dia 24 de Março, e depois de não haver, por parte do Ministério da Saúde a apresentação de uma proposta de alteração das grelhas salariais que ponha termino à discriminação salarial dos Enfermeiros relativamente aos restantes Licenciados da Administração Pública, a Direcção Nacional do SEP reunida hoje, dia 25 de Março, decidiu manter a greve agendada para os dias acima referidos. O SEP continua a exigir que o Ministério da Saúde/Finanças e Governo justifiquem a razão pela qual, por exemplo, um licenciado em Direito, um Técnico Superior, etc, que sejam admitidos num qualquer serviço do Estado o sejam com uma remuneração de 1201 euros (a lei determina que não há nenhuma entidade empregadora pública que possa oferecer menos a um licenciado) e os enfermeiros vão continuar a ser admitidos por 1020 até daqui a 3 anos, 2013….
Neste quadro, os Ministérios da Saúde e Finanças e Governo “empurram” os Enfermeiros para uma nova Greve de 4 dias, sendo que, tal como afirmou na citada reunião, a CNESE está sempre disponível a equacionar a sua realização caso o Ministério da Saúde apresente uma proposta que ponha termo a esta intolerável discriminação que é sentida pelos enfermeiros no que diz respeito ao reconhecimento das suas qualificações." Link

Colegas temos mais razões para paralizar.
Basta, a paciência tem limites. Unidos vamos mostrar ao Ministério da Saúde e ao Governo a nossa força,  porque a  nossa causa é justa.
J.V.

Enfermeiros, a greve mantém-se.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Hoje é dia de Reunião, entre o Ministério da Saúde e a CNESE.

Hoje é dia de Reunião, entre o Ministério da Saúde e a CNESE.

Aguardamos com atenção o resultado desta reunião, esperamos um aproximar das posições para um ponto de partida para negociar e concluir a carreira de enfermagem.

Colegas vamos estar atentos.

        É CASO PARA DIZER:

Greve ,29,30,31 de Março e 1 de Abril.


Esclarecimento:
Greve – Cuidados de Saúde Primários (o Início da Greve …)

Continuando a existir dúvidas quanto ao início da Greve nos CSPrimários, face à diversidade de modelos de organização do trabalho dos Enfermeiros, foram de novo avaliadas várias situações junto do Serviço Contencioso.
A presente orientação visa GARANTIR que, com segurança, os enfermeiros não tenham faltas injustificadas.

a) Serviços de Urgência Básica – SUB (embora não integrem os ACES) Estes, em regra têm turnos rotativos (M, T e N) para assegurar as 24h de funcionamento. Estes casos não suscitam dúvidas. A Greve inicia-se no Turno da TARDE

b) Unidades Funcionais que têm 2 Turnos “distintos” … uma Equipa de Enfermeiros trabalha das 8h00 às 14h00 e outra Equipa de Enfermeiros trabalha da 14h00 às 20h00. Nesta situação não há dúvidas. A Greve inicia-se no segundo Turno, que começa às 14h00

c) Situações de Atendimento Complementar (AC) -Haverá vários modelos de assegurar este AC. Destacamos os seguintes:


1 – “Faço o meu horário Normal no CS (das 9h00 até às 17h00) e, DEPOIS, DE SEGUIDA, EM TRABALHO EXTRA, vou fazer o AC (este é o meu trabalho-programa regular)

Estes colegas não estão abrangidos pela Greve

2 - “Faço o meu horário Normal no CS (das 9h00 até às 17h00) e, DEPOIS, INTERROMPO . Vou fazer o AC, por ex, das 20h00 às 24h00 (este é o meu trabalho-programa regular).

Neste caso, o Horário do AC já é entendido como um Turno … neste caso o Segundo Turno (para ser defensável como 2.ºTurno, tenho de interromper). Neste caso, posso fazer Greve ao AC.

d) Situações de Horários Desfasados

Uns colegas fazem 8h00 – 16h00

Outros fazem 9h00 – 17h00

Outros 10h00 – 18h00

Outros 13h00 – 20h00

(este é o meu trabalho-programa regular)

Nenhum destes colegas está coberto pelo Pré-Aviso de Greve. Não pode, não deve fazer Greve … não está, não fica de Greve a partir das 14h00

Todos os Horários que comecem a partir das 14h00:

Uns fazem 14h00 – 20h00

Outros fazem 15h00 – 21h00

Outros 16h00 – 22h00

(este é o meu trabalho-programa regular)

Todos estes colegas estão cobertos pelo Pré-Aviso de Greve. Podem e devem fazer Greve.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Enfermeiros estranham proposta do Ministério da Saúde.

"Ministério da Saúde estranha greve dos enfermeiros.

Hoje às 09:38
Contactado pela TSF, o Ministério da Saúde garante que não percebe a recusa dos enfermeiros de um aumento salarial que ronda os 20 por cento.
O Ministério da Saúde estranhou, esta quarta-feira, a recusa por parte dos enfermeiros de um aumento salarial de 180 euros mensais.
Contactado pela TSF, o gabinete de Ana Jorge sublinhou que, numa altura em que a Função Pública tem os salários congelados, é estranho que os enfermeiros não aceitem um aumento nos ordenados que ronda os 20 por cento e tencionem realizar uma greve nos últimos quatro dias de Março." Link


Este tipo de notícias nada favorece o M. da Saúde. Que fique bem claro que não se trata de aumento da função pública mas de uma tabela salarial inserida na  carreira de enfermagem, que vai vigorar por muitos anos e esta negociação não é de agora, já em 2005 foi entregue pelos sindicatos propostas para se estrutar a carreira de enfermagem, portanto, não se tolera este tipo de noticias, que tenta enganar a opinião pública, o que está em causa não são aumentos salariais é sim a justiça de se pagar aos enfermeiros o justo pela sua licenciatura que há dez anos o são com todo o mérito, este gabinete da sra Ministra quer confundir os portugueses. Não entende! porque não lhe convém, andamos a ser prejudicados à dez anos, para não falar da precaridade que reina, que tem enfermeiros a ganhar um miséria, sem que inclusivamemte nem as horas dos turnos lhe são pagas. Basta, vamos á greve sim, não vamos desmobilizar, porque é justa. 
A sua proposta mantém os enfermeiros muito abaixo de outros licenciados da função pública, basta de sermos discriminados. Só queremos o equivalente ás nossas habilitações, porque não queremos ser diferentes dos demais.
Estes números de 20% é treta, pois só em 2014 é que se prevê na sua proposta os enfermeiros iniciarem pela posição 15, mas os outros licenciados já estão acima da posição 19 no inicio de funções, logo não venha atirar areia para os olhos, porque mais uma vez discrimina os enfermeiros, gostaria de saber porquê?, mais todos nós ficariamos com o mesmo salário, na transição que propõe, onde está o aumento dos 20%?. Basta de demagogia, tenha bom senso. Espero que tenha contribuído para perceberem porque é que faço greve... Pode ser que assim não estranhem porque é que os enfermeiros fazem GREVE, mas sim estranhem a proposta do Ministério da Saúde/Governo.
E reafirmo os Enfermeiros é que estranham  a proposta do Ministério da Saúde.

Ronda negocial de 16 de Março.




"A divergência de posições entre enfermeiros e Governo veio para ficar. Ministério da Saúde e sindicatos do sector estiveram ontem reunidos e tudo ficou na mesma. O desfecho do encontro era, contudo, expectável, depois dos enfermeiros terem reforçado o aviso de greve anunciado na passada sexta-feira.

A divergência de posições entre enfermeiros e Governo veio para ficar. Ministério da Saúde e sindicatos do sector estiveram ontem reunidos e tudo ficou na mesma. O desfecho do encontro era, contudo, expectável, depois dos enfermeiros terem reforçado o aviso de greve anunciado na passada sexta-feira.
O Governo ficou, segundo os sindicatos, de enviar "algumas ponderações" sem fixar prazo.
A contraproposta apresentada pelo Ministério de Ana Jorge pouco avançou, de acordo com os sindicatos, relativamente ao documento anterior, mantendo de pé questões que os sindicalistas consideram inaceitáveis.
Entre elas, e a que levanta maior discordância no sector, o início da carreira que o Ministério continua a fixar em 1.201 euros apenas em 2014, contra a proposta dos sindicatos de 1.510 euros imediatamente "Perante isto os enfermeiros têm mais motivos para fazer greve", disse Guadalupe Simões ao Negócios, reafirmando que os enfermeiros voltarão a paralisar da tarde de 29 de Março às 8h do dia 1 de Abril." Link

Mais uma vez o "empalianço" continua, colegas não vamos desmobilizar vamos à luta, porque ela é justa. O objectivo do Governo é vencer os Enfermeiros pela exaustão, desmotivação e desunião, mas não vão conseguir. Todos únidos em torno da Enfermagem vamos mostrar o quanto valemos.


O governo e a sra. ministra chama a isto negociar, com propostas destas, é uma vergonha, arrastar este processo há mais de um ano, os enfermeiros vão mostrar a sua união e o seu descontentamento, não vão desistir do que é justo, disso pode ter a certeza, a revolta está patente no dia a dia dos enfermeiros, depois não venha pedir bom senso porque já o tivemos demais, vamos para a greve e em seguida radicalizar a luta, não vamos desistir.




Nota: QUANDO A DESCULPA É QUE NÃO HÁ DINHEIRO, ENTÃO VEJAMOS: "... antigo administrador da PT, envolvido na polémica tentativa de compra da TVI, recebeu em 2009, 1,533 milhões de euros de salários, dos quais 1,035 milhões são relativos a remuneração variável e prémios de gestão, anunciou a empresa."Link, Segundo notícia da SIC, a PT pagou em prémios aos Srs. Ad. da Empresa cerca de 7 Milhões de Euros, sem mais comentários...

terça-feira, 16 de março de 2010

Começamos mal.

Começamos mal.... para variar, a contraposta do M. da Saúde, não serve as expectativas dos Enfermeiros.

MINISTÉRIO DA SAÚDE/GOVERNO NÃO APROXIMAM POSIÇÕES.

Contraproposta do Ministério da Saúde:



 Mantém o início da carreira na posição 15 = 1201,48 – MANTEM A DISCRIMINAÇÃO DOS ENFERMEIROS FACE A OUTROS LICENCIADOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA



 Este valor só será atingido em 2014 – ATÉ LÁ MANTÉM OS 1020 euros



 Até 2014, dos 6000 enfermeiros nestas circunstâncias, apenas 1/3 por ano serão reposicionados naquele valor (1201,48 euros)



 Para os restantes enfermeiros não haverá qualquer revalorização económica na transição para a futura carreira



 Propõe que só 10% dos enfermeiros possam atingir a categoria de enfermeiro principal



 Não propõe qualquer revalorização económica para os actuais enfermeiros chefes e supervisores (actuais enfermeiros gestores)



 Nenhum enfermeiro atinge o topo da categoria de Enfermeiro e/ou da carreira



A CNESE ESPERA QUE NA REUNIÃO DE HOJE, ÀS 15h, O MINISTÉRIO DA SAÚDE EVOLUA NA SUA POSIÇÃO CASO CONTRÁRIO TERÃO QUE ASSUMIR A RESPONSABILIDADE DE MAIS UMA LUTA DOS ENFERMEIROS E O AUMENTO DA REVOLTA QUE JÁ HOJE EXISTE NESTE PROFISSIONAIS.

Contraposta do M. saúde.

Hoje é dia de Reunião.



HOJE ÀS 15:00, MINISTÉRIO DA SAÚDE REÚNE COM CNESE.
Vamos aguardar o resultado desta reunião negocial. Assim que possível vamos dar notícias.
Apelo aqui ao bom "senso" da Sra. Ministra.

Vamos então negociar propostas concretas Sra. Ministra, hoje na reunião negocial, pode provar as suas intensões de negociar e não continuar com o jogo de "empalianço" como tem feito até aqui, não esquecer que na última reunião dia 26 de Fev., apresentou uma mão cheia de nada aos enfermeiros. O que está em causa é uma carreira para ficar e vigorar por uns bons anos. Não estamos a pedir nada que não seja justo, apenas tabela salarial como licenciados que somos à dez anos, não confundir com os aumentos da função pública, que é zero para todos, que isto fique bem claro.

segunda-feira, 15 de março de 2010

SÓCRATES E ANA JORGE RESPONDEM SOBRE ENFERMEIROS.






15-Mar-2010


"Os deputados Francisco Louçã e João Semedo estiveram reunidos nesta segunda-feira com a direcção do SEP, a ministra da saúde e o primeiro-ministro respondem ao Bloco na AR na quinta-feira.

Na próxima quinta-feira a ministra da saúde, Ana Jorge, e o primeiro-ministro, José Sócrates, vão ao parlamento para responder a interpelação do Bloco de Esquerda ao governo, subordinada ao tema: “A política de recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde e o seu impacto no acesso, funcionamento, capacidade e qualidade assistencial dos serviços públicos de saúde”. Nesta segunda-feira Francisco Louçã e João Semedo reuniram com a direcção do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). "

Clicar para ampliar e lêr.

domingo, 14 de março de 2010

"Money for the boys"!

Ana Jorge: Filho contratado!...


"A psicóloga Raquel Mendes trabalhou três anos gratuitamente na Escola 2,3 João das Regras, Lourinhã. A psicóloga acusa a direcção escolar de contratar, em Fevereiro, o psicólogo Miguel Carvalho “apenas por este ser filho da ministra da Saúde, Ana Jorge”. Será remunerado e fará assessoria técnico-pedagógica. A ministra não reage." Link

E assim vai Portugal, cantando e rindo. Somos uns otários, sem dúvida "Jobs for the Boys".

"QUANDO OS ENFERMEIROS FAZEM GREVE A SR.ª MINISTRA APELA AO "BOM SENSO"!!E AGORA QUE TAL UM BOCADINHO DE "BOM SENSO"...". NÃO LHE FICAVA NADA MAL.

sábado, 13 de março de 2010

ÚNIDOS VAMOS CONSEGUIR.

Mais uma vez chegou a hora da união de todos os Enfermeiros, pois a luta continua porque é justa.

MINISTÉRIO DA SAÚDE/GOVERNO “EMPURRAM” ENFERMEIROS PARA MAIS DIAS DE LUTA...
GREVE PARA DIAS 29 (só Turno da Tarde), 30 e 31 DE MARÇO (Turnos da Noite, Manhã e Tarde de ambos os dias) e 1 de ABRIL (só Turno da Noite).

Não há alternativa … PRESSIONAR … LUTAR ...


Dias 29, 30 e 31 de Março e 1 de Abril de 2010

Partilhando "Mais um grito de alerta".

Partilhando "Mais um grito de alerta".

Público • Sexta-feira 12 Março 2010 • 47

Extremo ocidental
Tempos de mentira e miséria moral

“É muito difícil que, não sendo honrados os principais cidadãos de um estado, os outros queiram ser homens de bem; que aqueles enganem e estes se conformem com ser enganados.”

Montesquieu

O homem mentiu ao Parlamento e ao país sobre o negócio da TVI e 60 por cento dos portugueses, diz uma sondagem, já nem têm muitas dúvidas sobre isso.

O homem passou a semana a dizer que o PEC não implicava um aumento de impostos, apesar de representar um aumento da carga fiscal e de ter prometido na campanha eleitoral, no debate do programa de Governo e na discussão do Orçamento que não aumentaria os impostos.

O homem atirou-se no debate com Francisco Louça às propostas do BE para acabar com as deduções fiscais, considerando-as desastrosas e penalizadoras para a classe média, altura em que também disse que 42 por cento já era uma taxa de IRS muito elevada, e agora propõe-se fazer exactamente o que criticou.

O homem anda para aí a jurar que o Programa do Governo já previa acabar com as deduções fiscais quando o que lá está escrito é exactamente o contrário do que vai acontecer (recordatório: “Reformar o IRS, mantendo a estabilidade da receita fiscal, tendo nomeadamente como objectivo redistribuir as deduções e os benefícios fiscais, num modelo progressivo em favor das classes médias”).

Este homem é o mesmo das trapalhadas dos licenciamentos em vésperas de eleições (Vale da Rosa, em Setúbal, ou Freeport), das dezenas de casas projectadas na Guarda, do caso da Cova da Beira, da famosa licenciatura na Independente e de tantas outras histórias mal contadas que aqui recordei há duas semanas.

E, no entanto, o homem lá conseguiu – com muitas, muitas cumplicidades dos que se recusaram a ver as evidências – manter-se em São Bento em condições de exigir aos que denunciaram as suas tropelias que, agora, sejam o que ele nunca foi: “responsáveis”.

Para quê? Para lhe cobrirem as costas nos momentos de aperto da concretização do PEC.

Nunca, na história da democracia portuguesa, se viveu uma situação como a actual. Primeiro, porque nas últimas décadas nunca, como hoje, estivemos perante uma crise que, além de ser financeira e orçamental, é também económica, com um país exangue, sem perspectivas e com maus hábitos. Depois, porque nunca, como hoje, o clima político se crispou a este ponto e por causa da teimosia e intransigência de uma só personagem.

Se “o fraco rei faz fraca a forte gente”, como escreveu Camões, os métodos, o estilo e o currículo da dita personagem estão a ter um efeito corrosivo em toda a sociedade.

Por um lado, provocaram a banalização da aldrabice: face à incapacidade de defender o indefensável, a estratégia triste dos que o apoiam tem sido a de dizer que tudo o resto e todos os demais são iguais – quando, até ver, ainda não são e, sobretudo, não é aceitável que um dia venham a ser. Isto cria um ambiente de anemia democrática, onde já nada parece capaz de indignar ninguém e tudo roda em torno de um rasteiro “vamos é tratar da nossa vidinha”.

Falar verdade, mentir ou fugir às respostas passou a ser, como se tem visto na Comissão de Inquérito ao caso TVI, uma opção meramente instrumental.

Depois, começa a tornar-se aceitável, até honrado e inteligente, o chico-espertismo luso, agora já não limitado aos motoristas de táxi de serviço ao aeroporto, mas alargado aos conselhos de administração das empresas com golden share.

Por fim, faz com que até os que tentam nadar contra a corrente hesitem entre emigrar e pactuar.

Nada, no clima político, económico e social estimula o risco, a independência, a inovação; pelo contrário, tudo aconselha o esquema e o concubinato com os poderes públicos (como tão bem se ilustrava nas quatro páginas que o PÚBLICO dedicou, na segunda-feira, ao poder tentacular do banqueiro de todos os regimes).

Dir-se-á: os governos passam, os emproados também, e o país continua. Só que continua ferido.

Montesquieu não proclamou apenas uma evidência: na sua obra O Espírito das Leis também explicou, como ensinou Raymond Aron, que “há três sentimentos políticos fundamentais, cada um deles assegurando a estabilidade de um tipo de Governo. A república depende da virtude, a monarquia da honra e o despotismo do medo”. Sendo que “a virtude da república não é uma virtude moral, mas uma virtude propriamente política. É o respeito pelas leis e a dedicação do indivíduo à colectividade”.

Faltando a virtude republicana – e não se prevendo a monarquia –, resta o despotismo e o medo. Não estamos lá, e espero que nunca venhamos a estar, mas temos vivido episódios pouco edificantes que só uma extraordinária cortina de fumo permite que não nos indignem mais. E temos visto medo. O que é muito mau sinal e me leva a recomendar a leitura do último texto de Luís Campos e Cunha neste jornal, Autoritarismo, em que se descreve o fenómeno conhecido por groupthink. Este surge quando “há no grupo uma forte pressão para o conformismo dos seus membros, quando o chefe domina as decisões e quando há pressões de tempo para tomar decisões”, desenvolvendo-se uma moral do tipo “quem não está connosco, está contra nós”.

As ditaduras modernas nasceram em tempos de crise económica e em sociedades evoluídas onde se desenvolveram processos semelhantes ao groupthink que levaram, no limite, ao que o historiador do nazismo Ferran Gallego designou como “mutilação moral”. Nessa altura, até Montesquieu falha e os de baixo acabam, por conforto ou por incapacidade de resistir, por preferir ser enganados. E calam-se.

Será isso muito diferente deste ambiente de miséria moral que permite que a maioria dos portugueses ache que esta personagem lhe mentiu sem necessidade mas, mesmo assim, quer que continue a governar?

José Manuel Fernandes

Jornalista
 
Tinha de partilhar este excelente artigo.

Decretada Greve Geral dia 29, 30 e 31 de Março e 1 de Abril!.



CARREIRA DE ENFERMAGEM

No desenvolvimento da última reunião negocial (www.sep.org.pt),

- ficou agendada uma nova reunião para dia 16 de Março

- ficou o MSaúde da Saúde de remeter à CNESE, até dia 16, dois documentos: Uma Nova Contraproposta de Projecto de Diploma global e integral (sobre todas as matérias, sobre as quais a CNESE apresentou Propostas) relativo a Grelhas Salariais e Transições; um documento sobre se a Lei 12-A/2008 é de valor reforçado face ao Parecer que, sobre esta matéria, apresentámos.

Decorrente das reuniões dos Órgãos Nacionais, foi decidido afirmar junto do MSaúde a importância determinante (ultimato) de remeter a sua Contraproposta até ao final do dia 10/Março (www.sep.org.pt). NADA CHEGOU.
Depois da articulação (Reunião em 11/Março) que tem vindo a ser estabelecida entre a CNESE e a FENSE, FOI HOJE REMETIDO UM PRÉ-AVISO DE GREVE PARA DIAS 29 (só Turno da Tarde), 30 e 31 DE MARÇO (Turnos da Noite, Manhã e Tarde de ambos os dias) e 1 de ABRIL (só Turno da Noite).



PELA ESTABILIDADE, VAMOS LUTAR

O diagnóstico de situação relativamente à Precariedade de milhares de Enfermeiros é conhecida: seja a CIT a Termo; CTCerto/CTFPT a Termo; ou em Regime de SubContratação.

Assume particular relevância a Anulação de vários Concursos que visavam a estabilização/efectivação de colegas a CTCerto/CTFPT a Termo … cuja cessação dos Contratos acaba em 31/7. As Propostas Sindicais para a solução do problema são conhecidas.

Neste quadro, tal como com a Carreira de Enfermagem, não há alternativa … PRESSIONAR … LUTAR …

APELAMOS À PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS PROFISSIONAIS:

- NA CONCENTRAÇÃO DE JOVENS ENFERMEIROS, JUNTO AO MSAÚDE: dia 26/Março, às 11h00, “de branco” (SEP organiza Transportes); E, DE TARDE, NA MANIFESTAÇÃO DE TODOS OS JOVENS TRABALHADORES."

Nota à Comunicação Social

Mais uma vez o governo e nomeadamente o M. da Saúde, não deixa alternativa aos enfermeiros, único caminho a seguir infelizmente é a paralização mais uma vez, continuo a afirmar, onde está o bom senso da Sra. Ministra?..., continuamos á espera de propostas válidas, cansados de esperar mas sempre mobilizados e únidos os enfermeiros continuam em luta pelo que é justo e á muito devido. Faça-se justiça.


 

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Grécia arruinou-se ou foi conduzida à falência?


por Karl Müller 




"Enquanto os discursos dominantes atribuem a situação económica crítica da Grécia a uma má gestão camuflada por aldrabices das contas públicas, Karl Müller analisa-a como a consequência de políticas externas ao país. Classicamente, põe em causa o papel das agências de classificação para favorecer a especulação. Sobretudo, e isto é muito pouco conhecido, põe em causa a política económica agressiva de Berlim que enriqueceu a Alemanha em detrimento dos seus parceiros mais pequenos da zona euro.



Atenas, princípio de Fevereiro de 2010. Por toda a parte, nesta cidade de mais de 3 milhões de habitantes que explode literalmente, encontram-se pessoas amáveis, abertas, comunicativas e trabalhadoras. Serão elas responsáveis pelo facto de a União Europeia condenar o seu país ao pelourinho? E será culpa delas que desde há algumas semanas ou seu país seja manchete nos jornais de uma forma tão negativa? Ou será que os verdadeiros responsáveis encontram-se alhures?

Quem são estas famosas "agências de classificação"? 

Dia 11 de Fevereiro, o presidente do grupo socialista do Parlamento Europeu, Martin Schulz, no decorrer de uma entrevista à Deutsch-landfun declarou: "Mencionaram as agências de classificação que, parece, baixaram a classificação de solvabilidade da Grécia. Gostaria de falar esta manhã com os chefes de Estado e de governo [eles estavam reunidos a 11 de Fevereiro para falar da crise financeira da Grécia] a fim de saber quem são estas agências de classificação e que interesse têm elas em declarar que as medidas são ineficazes, que é preciso aumentar taxas de juro dos empréstimos que serão concedidos a qualquer momento quer por países quer por bancos privados. Alguém vai receber estes juros, mas quem? Quem tem interesse em que se aumentem as taxas? As agências de classificação. Mas quem são elas? Esta é uma das pequenas questões que apresento de passagem pois nunca são debatidas".

A culpa cabe aos especuladores monetários? 

Rudolf Hickel, especialista de esquerda em questões financeiras, exprimiu os seus temores ao declarar em 11 de Fevereiro ao Spiegel Online: "Uma falência da Grécia poderia causar a ruína de todo o sistema do euro". Segundo os media alemães, toda a agitação a propósito da Grécia foi provocada voluntariamente por aqueles que especulam com as moedas, "pois os beneficiários de uma eventual falência do Estado são sobretudo aqueles que especulam em Bolsa com as moedas". Segundo Hickel, "quanto mais pequeno for o país, mais ele é entregue brutalmente aos especuladores. [...] Após a Grécia, a Espanha e a Itália estarão na linha de alvo dos especuladores".

O capital financeiro age ao seu bel-prazer 

Para o chefe dos socialistas europeus, trata-se de um dilema: por um lado eles aferram-se com todas as suas forças à UE e ao euro para os seus projectos de governo mundial. Por outro lado, o capital financeiro — os responsáveis socialistas estão sempre ao seu serviço — age ao seu bel-prazer e nunca se sabe com certeza a favor de quem ou contra quem ele se decide neste ou naquele caso. Actualmente, não apenas para com o euro, mas sobretudo em relação ao dólar? Diz-se que os Estados Unidos, este ano, vão lançar 2,5 mil milhões de empréstimos públicos. É muitíssimo dinheiro e a concorrência aumenta nos mercados financeiros. Em todo o caso, isso dá uma chicotada nos negócios. Hickel diz simplesmente: "Os especuladores não visam um curso particular do euro que reflectisse adequadamente a actividade económica. Eles sacam muito mais lucros com um curso extremamente instável". Segundo o Neue Zürcher Zeitung de 11 de Fevereiro, a bolsa de futuro de Chicago, que é determinante para o negócio dos derivados monetários, actualmente aposta mais do que nunca contra o euro.

Faz-se negócios com os juros 

Também se fazem negócios com os juros. Só em Abril e Maio de 2010, empréstimos do Estado grego num montante de cerca de 40 mil milhões chegando à maturação deverão ser reembolsados por meio de novos empréstimos, novos créditos, contudo não mais a 3% e sim a cerca de 6%. Os prestamistas chamam a isso "prémio de risco" por causa da dívida pública grega. Na realidade, eles assim duplicam os seus lucros pois até aqui a Grécia sempre pagou. Parece que este ano, um total de 2,2 mil milhões de empréstimos públicos chegam à maturação na zona euro. Uma grande parte deverá ser financiada recorrendo aos mercados financeiros. E se o mundo das finanças conseguisse também aqui — em Portugal, na Itália e na Espanha e igualmente em França e na Bélgica, talvez mesmo na Alemanha — fazer escalar as taxas de juro com a ajuda das agências de classificação? Um por cento a mais representa 22 mil milhões de euros. Isto seria um negócio formidável... em todo o caso durante tanto tempo quanto os povos e os Estados participarem neste jogo sinistro. E o que aconteceria se o euro não pudesse mais ser sustentado, se a UE afundasse e se por exemplo a Grécia não reembolsasse mais as suas dívidas senão em condições justas?

A Alemanha lucrou com o euro... em detrimento de outros países 

Antes de mais nada, a Alemanha perderia enormemente o seu poder. Até agora a sua indústria exportadora, em particular, lucrou consideravelmente com a UE e a introdução do euro. Actualmente, as exportações representam cerca de 50% do PIB.

O jornal Junge Welt titulava em 9 de Fevereiro: "Falência made in Germany. A ameaça do afundamento das finanças públicas de Estados da Europa do Sul é a consequência directa da política agressiva da Alemanha em matéria de comércio exterior". No artigo podia-se ler: "Desde há décadas, Berlim conduz uma política económica agressiva fundamentada nas exportações. [...] A maior saída para o capital alemão é a UE. [...] A moeda comum europeia privou os países da zona euro expostos a esta ofensiva exportadora alemã da possibilidade de restabelecer a competitividade das suas economias procedendo a desvalorizações da sua moeda. O enorme desequilíbrio económico que daí resulta manifesta-se de maneira flagrante através da Grécia, esta candidata à falência que, em 2008, importou mercadorias alemãs no valor de 8,3 mil milhões de euros ao passo que as suas exportações chegavam apenas a 1,9 mil milhões de euros.

Para o autor do artigo, uma causa importante do "êxito" alemão reside numa "estratégia de empobrecimento do mercado interno: Entre 2002 e 2008, os salários brutos aumentaram em média 15,2% na Alemanha, mas 31,9% no conjunto dos países da UE".

O euro conduz a um controle total dos Estados da UE 

A grande indústria alemã tem "necessidade" de países como a Grécia, mas a longo prazo isto não funciona senão se a política alemã puder controlar cada vez mais estes países. E é para isso que serve a actual política da cenoura e do bastão: o bastão das restrições para a população, do controle por comissários europeus para o governo. O novo presidente da UE, Hermann van Rompuy, declarou após a cimeira de Bruxelas: "Pedimos ao governo grego para aplicar todas as medidas de maneira rigorosa e determinada". Mas a cenoura foi igualmente apresentada aquando da reunião de 11 de Fevereiro dos chefes de Estado e de governo: "Não abandonaremos a Grécia", declarou a chanceler alemã Angela Merkel (comunicado oficial).

Isto quer dizer que a Alemanha faz saber que em caso de insolvência da Grécia, ela está pronta a ajudar financeiramente... a fim de sustentar o euro e não, sem dúvida, por solidariedade.

E qual é o preço? A inflação? Ainda mais sacrifícios para o contribuinte alemão e sobretudo em detrimento dos trabalhadores? Daniel Gros, director do Centro for European Policy Studies (CEPS) de Bruxelas, informou à revista alemã Manager Magazin em que consistia o "controle da crise" em países como a Grécia: "Trata-se precisamente de baixa dos salários no sector privado. Para mim é o essencial". E ele não pensava apenas na Grécia.

Os líderes socialistas europeus louvarão isto como um acto de solidariedade. Os chefes de governo socialistas dos Estados europeus, na véspera do encontro dos chefes de Estado e de governo, haviam pedido uma "ajuda" urgente para a Grécia (e os outros países do Sul da Europa que eram postos em causa pelos jornais). Observemos bem realmente: os socialistas europeus também querem a UE e o euro.

O governo alemão aspira a um estatuto de potência mundial? 

Retornemos mais uma vez à Alemanha. A agência de informação privada estado-unidense Stratfor Global Intelligence publicou a 8 de Fevereiro uma análise interessante sobre o papel da Alemanha na Europa e no mundo ( "Germany's Choice" ). Durante décadas a Alemanha foi o tesoureiro da Europa sem desfrutar de um peso político real, mas agora ela não é mais um "observador passivo" munido de um livro de cheques". Merkel é a primeira chanceler que governa "liberta do peso dos pecados passados". Ela já não está disposta a pagar pela Europa "em detrimento dos interesses alemães".

Mas ela pagará apesar disso, ou antes, por causa disso, no caso da Grécia. Seria certamente "inteligente" que a Alemanha cessasse de pagar e que a UE e o euro se afundassem, mas sem a UE e o euro a Alemanha não poderia mais pretender o estatuto de potência mundial. (Na verdade, para a população pouco importa.) Contudo, o governo Merkel importa-se e o preço que os outros Estados da UE devem pagar para isso é o controle absoluto da Alemanha sobre o Banco Central Europeu e por isso mesmo sobre os orçamentos de todos os países da zona euro.

Mas não vemos perfilar-se aqui uma megalomania que já se manifestara outrora na Alemanha? O que é que torna o governo alemão tão certo de que não poderá encontrar-se em breve à beira da falência? Ou existem planos sinistros da direita e dos Verdes tendo em vista uma renovação "alemã verde" que não recua diante de nada?

Mas retornemos à Grécia. Aquando das manifestações contra o plano de rigor imposto pela UE ao novo governo, podiam-se ler ou ouvir slogans como "Não aceitaremos o desemprego e a pobreza para permitir ao capital monopolista que faça grandes lucros" ou "Não pagaremos nem um cêntimo à plutocracia". O secretário-geral do sindicato grego dos funcionários Adedy declarou: "Eles prometeram que os ricos pagariam mais ao invés disso eles se servem dos pobres. É esta política que combatemos, não a tentativa de ultrapassar a crise".

Os gregos estão fartos da UE 

Tem a Grécia alguma possibilidade de se safar no seio da UE e da zona euro? Dificilmente! Um artigo publicado no Neue Zürcher Zeitung de 12 de Fevereiro intitulado "A zona euro, zona de conflitos" recordou mais uma vez uma falha fundamental do euro: Contra toda a razão económica, a introdução do euro devia permitir criar um super Estado europeu. Mas isto era quimérico desde o princípio: "As tensões no seio da união monetária europeia são mais ou menos o resultado do facto de que os políticos sempre viram na união monetária um instrumento destinado a acelerar e a impor a integração política da Europa. Faz-se uma utilização abusiva da instituição monetária a fim de visar objectivos situados para além da política monetária, o que representa um perigo para a estabilidade da moeda e para a economia".

É possível que se a Grécia saísse da UE sofresse num primeiro momento um certo número de inconvenientes económicos e outros — mas se ela permanecer na UE, os inconvenientes multiplicar-se-ão consideravelmente. Os atenienses dizem que estão fartos da UE e é normal. Não confiar senão nas suas próprias forças e desfrutar da liberdade é mais digno do que levar cada vez mais uma vida de escravos."  Link