quinta-feira, 25 de março de 2010

Sindicato diz que ministério "empurra" profissionais para nova greve .

"O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusou hoje o Ministério da Saúde de "empurrar" estes profissionais para a greve ao não ter alterado a proposta sobre as tabelas remuneratórias.

Os enfermeiros vão avançar para quatro dias de greve nacional depois de na última ronda negocial, na quarta feira, o Ministério da Saúde (MS) não ter atendido as exigências dos sindicatos em matéria salarial.

"Como ontem [quarta feira] não houve qualquer alteração nem qualquer ponderação nesta questão central [tabelas remuneratórias], a direção [do sindicato] decidiu manter a greve de quatro dias", revelou o coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), em declarações à agência Lusa.
De acordo com José Carlos Martins, a culpa é do Ministério da Saúde que "empurra os enfermeiros para uma nova greve porque não resolve a questão".
Já na passada terça feira, dia 16, o SEP admitia avançar com quatro dias de greve no final do mês se o Ministério da Saúde não alterasse a proposta sobre as tabelas remuneratórias.
Estes profissionais já estiveram em greve no final de janeiro, durante três dias, e a adesão média ficou acima de 90 por cento, segundo dados dos sindicatos.
Tal como explicou José Carlos Martins, a proposta da tutela pressupõe aumentar os enfermeiros licenciados de 1020 euros para 1200 euros faseadamente, durante os próximos três anos, até 2013.
Assim, os 6 mil enfermeiros, do total de 39 mil, que recebem hoje menos de 1200 euros vão ser repartidos em três grupos de dois mil enfermeiros cada.
"Em 2011 dois mil enfermeiros que recebem 1145 euros vão receber um aumento de 56 euros, em 2012 são mais dois mil e em 2013 serão 1029 a receber um aumento de 56 euros, 676 um aumento de 137 euros e 386 um aumento de 181 euros", explicou o coordenador do SEP.
"O que nós não compreendemos é como é que o Ministério [da Saúde] justifica e não apresenta nenhum fundamento de por que é que paga 1200 euros a um licenciado em Direito que entra num hospital e paga 1020 a um enfermeiro", justificou.
Nesse sentido, o SEP mantém a greve marcada para os dias 29, 30 e 31 de março e 01 de abril.
José Carlos Martins acrescentou que no dia 29 de março a greve decorre durante a tarde, nos dias 30 e 31 de março decorre durante todo o dia e no dia 01 de abril termina às 08:00.
O coordenador do SEP disse ainda que em matéria de serviços mínimos, em todos os serviços que habitualmente funcionam 24 horas por dia, nos sete dias da semana, haverá o mesmo número de enfermeiros que existe durante o turno da noite."Link

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