sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ordem dos Enfermeiros critica INEM.

"A Ordem dos Enfermeiros (OE) criticou esta terça-feira o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) por afastar os enfermeiros dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), alertando para os «riscos» de segurança na prestação daqueles cuidados de saúde, noticia a Lusa.

Em comunicado, a OE entende que o INEM decidiu de «forma unilateral e sem qualquer fundamento», afastar os enfermeiros dos CODU, à revelia do parecer da OE sobre esta matéria «tão sensível».

A OE refere que, aquando da tomada de decisão, o Ministério da Saúde garantiu que, «em caso algum, estaria comprometida a transmissão de dados clínicos e que estes seriam sempre validados, em tempo útil, pelo médico regulador presente no CODU».

«Lamentavelmente, têm acontecido diversas inconformidades na transmissão de dados clínicos e só a competência dos enfermeiros tem evitado situações com consequências mais sérias. Além disso, tem vindo a instalar-se um clima de conflitualidade no momento da transmissão de dados clínicos que em nada concorre para um ambiente de confiança, absolutamente crucial, para a prestação de cuidados de emergência», relata a OE.

Segundo a OE, o INEM veio segunda-feira, através de uma circular, «dar o dito por não dito», admitindo a transmissão de dados clínicos a profissionais não clínicos e, «mais grave do que isso, admitindo que a resposta pode não ser imediata quando o médico regulador se encontrar ocupado».

Para a Ordem dos Enfermeiros, tal determinação «nega uma das determinantes básicas de qualquer sistema de emergência pré-hospitalar», ou seja «a fluidez e celeridade da gestão da informação clínica veiculada».

A OE considera que se está perante uma determinação do INEM que «compromete o socorro e que, objectivamente, põe em causa a segurança na prestação de cuidados e a vida das vítimas».

Face ao exposto, a OE aconselha todos os enfermeiros a exercerem funções numa ambulância SIV a «exigirem que a passagem de dados clínicos seja efectuada ao pessoal clínico dos CODU, entendendo a OE que o registo dos dados transmitidos só pode ser efectuado por quem efectivamente os recebe».

«Qualquer inconformidade, relacionada com esta matéria, deverá ser reportada à OE», aconselha ainda a OE em comunicado.

Para debater esta questão a OE pediu já uma «audiência urgente» à ministra da Saúde, Ana Jorge."

Fonte: IOL.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Primeiro Ministro ao Espelho.


Fernando Pessa diria: "E esta Hein..."

Saúde: mais de 6000 precários correm risco de desemprego



"Mais de seis mil trabalhadores dos serviços públicos de saúde arriscam ir para o desemprego a partir do fim do mês, alertou hoje o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, exigindo a resolução “urgente” desta situação.
Em resposta à agência Lusa, fonte oficial do Ministério da Saúde garantiu que “nenhum dos 6432 contratos vai caducar no dia 31 de Julho”, embora sem adiantar qual a solução que será encontrada.
Segundo Ana Amaral, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Ilhas, em causa estão sobretudo auxiliares, administrativos e técnicos superiores de saúde, como o caso dos psicólogos, com contratos que terminam no último dia deste mês.
Os sindicalistas dizem que só no princípio do ano passado foram abertos os concursos que permitiriam alterar a situação de precariedade destes trabalhadores. Mas esses concursos foram anulados com a justificação de ter havido um erro na distribuição das quotas. 
"Na lei da execução orçamental está previsto e salvaguardado a possibilidade da prorrogação destes contratos se os trabalhadores forem candidatos a concursos. Se os concursos foram anulados não se sabe o que lhes vai acontecer a partir de 31 de Julho”, afirmou à agência Lusa Ana Amaral.
A dirigente sindical sublinha que as funções destes trabalhadores são essenciais para as unidades públicas de saúde e que a sua saída “põe em causa a própria actividade dos serviços em que estão colocados”.
“Não há Serviço Nacional de Saúde sem trabalhadores que o assegurem e é inaceitável que o Ministério assobie para o ar quando dentro de uma semana há seis mil trabalhadores que vão ser despedidos e provocar a rutura de muitos serviços”, escreve o Sindicato numa carta aberta que hoje entregou no gabinete da ministra Ana Jorge."

Fonte: Diário Digital

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Os enfermeiros no pré-hospitalar e os problemas do INEM.

"Enfermeiros do CODU batem com a porta e antecipam saída"




"As centrais de emergência médica do Centro, Lisboa e Algarve deixam de ter enfermeiros a partir da meia-noite. Os profissionais, em sinal de protesto, decidiram antecipar a sua saída, decidida pelo Ministério da Saúde para daqui a um mês. As ambulâncias de suporte imediato de vida passam a ter dois médicos por região como únicos interlocutores.
Ministra diz que saída dos enfermeiros do CODU é «racionalização»

Há três anos que as centrais de emergência médica dispunham de enfermeiros 24 horas por dia. A sua missão consistia em receber das ambulâncias dados clínicos de doentes graves, ou em risco de vida e facilitar o seu encaminhamento para os hospitais certos, com via verde para AVC ou enfartes, por exemplo.

O IENM ia extinguir o serviço no final do mês, mas os enfermeiros anteciparam-se. A partir da meia-noite deixam de estar nas centrais de emergência médica de Coimbra, que assegura a região centro, de Lisboa, que cobre também o Alentejo, e do Algarve."


Fonte: Diário iol