quarta-feira, 31 de março de 2010

Enfermeiros acusam ministra da Saúde de "desonestidade intelectual".

"A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Fátima Monteiro acusou hoje a ministra da Saúde de "desonestidade intelectual" sustentando "não ser verdade" que um protocolo assinado com o sector privado preveja um salário inferior.

"Isso é uma falsa questão, não é verdade. A convergência com o sector privado foi um grande passo", afirmou a sindicalista Fátima Monteiro.

A sindicalista considera as afirmações de Ana Jorge uma "desonestidade intelectual" porque - frisa - a proposta do governo prevê 1200 euros faseados em três anos para a entrada de carreira, enquanto no sector privado, no âmbito deste acordo, "ninguém entra agora a ganhar menos de 1070 euros".

"Nesse acordo, um colega do privado ganha mais 50 euros do que o que aufere quem ingressa na função pública actualmente, que recebe 1.020 euros", sustentou a sindicalista.

A responsável do SEP comentava declarações da ministra da Saúde, Ana Jorge, que terça-feira estranhou o facto de o sindicato ter assinado um contrato colectivo de trabalho com os hospitais privados que prevê um escalão de entrada na carreira com um salário de 900 euros.

"O mesmo sindicato que connosco não está a aceitar a proposta que nós lhe estamos a fazer dos 1200 euros (180 euros mensais a mais) à entrada de carreira, que é igual a todos os licenciados da administração pública, com o sector privado está a aceitar 900 euros", afirmou então Ana Jorge.

Os enfermeiros cumprem hoje o terceiro dia greve, uma paralisação que termina quinta de manhã e visa lutar por actualizações salariais e a valorização da carreira dos profissionais de enfermagem." Link


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