domingo, 31 de janeiro de 2010

Sindicato dos enfermeiros aguarda proposta por parte do Governo.



                                      



A greve dos enfermeiros registou 88% de participação, de acordo com o balanço feito pelo sindicato. Ontem o Primeiro-ministro afirmou o desejo de a seguir ao período de greve retomar as negociações com os enfermeiros. Mas Guadalupe Simões, presidente do Sindicato dos enfermeiros garantiu á Antena 1 que ainda não houve qualquer contacto por parte dos do Ministério da Saúde.


J.V.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Maior Manifestação dos Enfermeiros.





























Sra. Ministra tenha bom senso...

J.V.

Grande Manifestação.







Os Enfermeiros estão de Parabéns, grande manifestação, diria mesmo histórica.
Vamos continuar a luta colegas...

J.V.

Apoio à nossa causa:
Enfermeiros, classe profissional ostracizada.


Não sou enfermeiro. Sou jurista. Enfermeiros, classe ignorada De há uns tempos a esta parte temos vindo a assistir ao envolvimento quase messiânico da imprensa e, naturalmente, dos visados, na questão do estatuto dos docentes e, ultimamente, da sua avaliação, com evidentes consequências nas respectivas carreiras.

"Não se questiona a legitimidade nem a oportunidade de tais empenhos, muito menos o relevo social de tal classe profissional que, de resto, alcançou recentemente os seus objectivos. O que curamos aqui de advogar é evidenciar uma classe profissional esquecida e, ultimamente, explorada sob vários prismas, a qual, pelos vistos, e como a mais recente imprensa reconheceu, corre o risco de ser prejudicada com aquele sucesso. Referimo-nos aos enfermeiros. Constatamos, antes de mais, uma aparente contradição: tratar-se de classe profissional reconhecida e acarinhada casuisticamente quando confrontada em ambiente hospitalar ou similar e à qual se reconhece a dedicação, o carinho, a entrega até à exaustão e com forte componente emotiva, percebendo-se o desgaste profissional, com cargas horárias exageradas e, na maioria das vezes, com horários descontinuados, com noites sofridas. Em contraponto constatar-se que é uma classe profissional a que não é conferida uma digna contrapartida estatutária. Estes profissionais são licenciados, alguns com mestrado, academicamente ao nível de todos os outros profissionais licenciados (docentes, licenciados em história, psicologia, biologia, filologias, etc… etc…). Porém, o Estado, na perspectiva dos diversos serviços, ainda não interiorizou que os enfermeiros têm de ter idêntico tratamento aos demais licenciados, desde logo ao nível remuneratório e evolução de carreira. Não se compreende como o Ministério da Saúde e outras entidades continuem a equiparar, na prática, os enfermeiros a meros bacharéis e não licenciados que são e a permitir que estes profissionais, trabalhando 40 horas semanalmente, a que acrescem sempre turnos diferenciados onde se incluem os nocturnos, aufiram salários singelos, sem acréscimos dignos e, pior, sem um horizonte de evolução de carreira, particularmente quanto aos jovens enfermeiros, curiosamente, os academicamente mais habilitados. Bastará atentar mensalmente na listagem dos aposentados do Estado e comparar as pensões dos enfermeiros (em fim de carreira, note-se!) com os demais licenciados, particularmente com os docentes (educadores de infância e professores do ensino secundário), para se concluir quão injustiçados aqueles têm estado. Não se trata de censurar o que se atribui aos demais profissionais referidos, longe disso, mas tão somente usá-los como termo de comparação próximo para alicerçar a afirmação de que os enfermeiros têm sido efectivamente o parente mais pobre dos licenciados, e, na prática, não reconhecidos como tal, sobretudo, há que dizê-lo sem constrangimentos, quando são os que têm uma função física e psicológica mais desgastante comparativamente com os demais, à excepção dos médicos. Só quem não conhece o meio hospitalar pode não estar de acordo. Veja-se o tratamento do Estado a estes profissionais neste simples exemplo que me foi transmitido: consta que nas forças armadas os enfermeiros licenciados são os únicos licenciados que enquadram a classe dos sargentos enquanto todos os demais (seja qual for a licenciatura) enquadram a classe dos oficiais. Porquê? Pergunto: a licenciatura em enfermagem, com forte componente científica, merece menor qualificação que outra qualquer licenciatura (história, psicologia, filologia, etc… etc…?). Porque não se lhe atribui, como aos demais licenciados, idêntica qualificação? Estamos, sem dúvida, num Estado/sociedade onde complexos socioprofissionais se mantêm como há 40 anos, com uma agravante: Há 40 anos ao enfermeiro bastava a formação pouco mais do que básica. Hoje, além do 12º ano da área de ciências, como para qualquer licenciatura em ciências, exige-se uma licenciatura técnico/científica. Exige-se dedicação plena e exige-se elevada responsabilidade profissional. Em contrapartida uma mão cheia de muito pouco e infelizmente cheia de desilusão. Esta intervenção é apenas um contributo para que uma classe profissional (dos enfermeiros) obtenha a mesma atenção e reconhecimento atribuídos a outras classes profissionais que têm dominado o espectro político e jornalístico. Especialmente neste momento em que os responsáveis políticos não só não efectivam uma justa revisão da respectiva carreira, no mínimo equiparando-a às carreiras de técnicos licenciados e docentes, como, pasme-se, apresenta uma nova proposta que mais não é senão uma diminuição daquilo que se apresenta actualmente injusto e indigno para estes profissionais LICENCIADOS. Isto deve-se, quiçá, ao facto desta classe profissional não ter elementos seus ocupando lugares no poder político ou dele próximos e influentes nem servir de objecto jornalístico apetecível (?). Mas é também por estes motivos que o dever de cidadania efectiva numa democracia também efectiva e não meramente formal me impõe este dever de intervir por esta via, além de outras que assumi."

jjunior

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Oposição apoia enfermeiros no Parlamento.



                                                              

"PSD, BE e PCP defenderam esta quinta-feira a greve dos enfermeiros. A oposição critica a «rigidez negocial» do Governo com aquele sector e lembra o «currículo negro em matéria de negociação com classes profissionais».
Em declaração ao Parlamento, João Semedo, deputado do BE manifestou «todo o apoio e solidariedade do partido» com esta greve. Semedo salienta que a greve dos enfermeiros, iniciada na quarta-feira e com fim marcado para sexta-feira, é «a maior alguma vez realizada no nosso país», com adesão de quase 90 por cento.
«O Governo não esteve à vontade para desmentir estes números», sublinha, criticando a «diminuição de salários» desta classe «em flagrante contraste com os milhões injectados em bancos falidos e em consultorias e assessorias».
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, apoiou as críticas de João Semedo ao Governo e salientou que os enfermeiros precisam de «45 anos de exercício profissional para chegar ao topo da carreira».
Pelo PSD, a deputada Rosário Águas, classificou os enfermeiros de «um dos sustentáculos do SNS» e considerou que quando uma classe «se une nesta dimensão para reclamar uma causa desta natureza não é um bom sinal».
Rosário Águas também culpou o Governo e referiu o «currículo negro deste em matéria de negociação com classes profissionais».
Na bancada do PS, a defesa surgiu pela voz da deputada Maria Antónia Almeida Santos, que defendeu a necessidade de se «aguardar» pelo fim das negociações entre Governo e sindicatos.
A deputada socialista referiu que em Agosto «o Governo acordou com os sindicatos a regulamentação das carreiras» e que actualmente «estão a decorrer negociações num clima franco e leal»."


 
J.V.



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Noticias da Greve dos Enfermeiros.


















Greve dos Enfermeiros: 90 a 95% de adesão.





"A adesão à greve dos enfermeiros que arrancou esta quarta-feira situa-se entre 90 a 95%, de acordo com dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), escreve a Lusa.
Enfermeiros em greve. Dizem que se sentem «humilhados».
O presidente do SEP, José Carlos Martins, sublinhou que as unidades hospitalares de Anadia, Fundão e Montijo registam uma adesão de 100%.
Já no distrito de Lisboa a adesão mais elevada regista-se nos maiores hospitais, como o Hospital Curry Cabral, que tem uma adesão de 97%, o S. José, com 96%, e Maternidade Alfredo da Costa, com 95%.
No Hospital Amadora-Sintra a adesão à greve é de 85%, no Garcia d`Orta de 84% e na unidade de Cascais de 81%.
A nível nacional, o Hospital Distrital de Aveiro regista uma adesão de 96%, enquanto na unidade da Covilhã a adesão chegou aos 92%. Em Santiago do Cacém e Vila Franca de Xira a adesão é de 97% e Santarém de 88%.
Esta estimativa refere-se ao primeiro turno da manhã, no qual estão escalados cerca de 13 mil enfermeiros.
Os enfermeiros contestam a última proposta salarial do Ministério da Saúde, numa greve que se vai prolongar até sexta-feira.
Estes profissionais de saúde dizem sentir-se «humilhados» perante a proposta de ingresso na carreira a receber 995 euros, «abaixo dos actuais já injustos 1020 euros e muito longe dos 1200 euros de qualquer outro licenciado na Administração Pública»."

Fonte: IOL Diário
 
J.V.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Enfermeiros mobilizam-se de Norte a Sul.






Estamos a assitir a uma mobilização em massa dos profissionais de enfermagem, no sentido de demonstrar ao M. da Saúde o seu descontentamento. Força colegas, que por vencidos nunca nos conheçam, todos juntos vamos conseguir.

J.V.

Enfermeiros reclamam igualdade nas carreiras.


"Greve marcada para os próximos dias 27, 28 e 29 poderá ser a maior de sempre.

Prevê-se que a paralisação marcada para esta semana seja uma das maiores greves de sempre dos enfermeiros. Em causa estão as regras de carreira que estes profissionais dizem estar desvalorizada. E dizem que se corre o risco de perder a oportunidade ser feita justiça.


"Há dez anos que somos licenciados e agora que somos técnicos superiores como os médicos, os farmacêuticos ou os psicólogos, o Governo trata-nos como se não o fôssemos". A explicação chega pela boca de Belmiro Rocha, que preside à Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação, enquanto compara a remuneração de um enfermeiro em início de carreira com a de um outro qualquer técnico superior ao serviço do Estado. A diferença pode chegar aos 500 euros. Em cima da mesa negocial dos sindicatos e do Ministério da Saúde está, para além da carreira e da grelha salarial, as transições da "velha" carreira para a "nova", o acordo colectivo de trabalho e a avaliação de desempenho. É neste pacote negocial que os enfermeiros especialistas, como Belmiro Rocha, anseiam ver o reconhecimento e a equivalente remuneração.


Entre os cerca de 60 mil enfermeiros existentes no nosso país, cerca de 10 mil são especialistas, um número muito longe, dizem, das necessidades. São muitos, aliás, os que não podem sequer exercer a especialidade dada a parca dotação de enfermeiros generalistas nos mais variados serviços do SNS.


Nos centros de saúde, a situação chega a ser gritante. Segundo Carla Ferraz, enfermeira-chefe, casos há em que existem rácios de um enfermeiro para três mil utentes, quando o máximo deveria rondar os 1500 por enfermeiro.


E agora que começam, lentamente, a avançar as Unidades de Cuidados à Comunidade (UCC), coordenadas por enfermeiros e em contacto muito directo com as populações, as muitas dezenas de candidaturas poderão ficar na gaveta. Isto, se não forem contratados mais profissionais.


Segundo o presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, existem casos de serviços, sobretudo em hospitais, em que a dotação é metade da que deveria ser. "E isto representa um paradoxo na medida em que se trata de uma classe em que existe uma elevada taxa de desemprego". "Segundo um estudo da Ordem, um recém-licenciado demora, em média, seis meses a um ano a conseguir emprego. Muitos preferem mesmo ir para países como a Espanha, Inglaterra e Irlanda", conta Germano Couto.

Situação bem diferente da que se vive em Portugal já que, segundo António Gabriel Martins, enfermeiro especialista, dos 68 Agrupamentos de Centros de Saúde criados, apenas um tem por director-executivo um enfermeiro. "É um exemplo cabal da forma como não existe um feed-back por parte da Administração Central de todo o trabalho de qualificação a que os enfermeiros se têm prestado", concluiu."


Fonte: J.N.

J.V.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Vamos mostrar o nosso descontentamento.


Colegas, esta semana vai dar inicio a uma semana de luta para que se faça justiça.
Espero que união de todos pela profissão seja uma realidade.
Vamos mostrar o nosso descontentamento, perante as propostas que este governo, nomeadamente o M. da Saúde tem feito aos enfermeiros.
Não é só pela atitude por parte deste Ministério mas também pela injustiça com que nos tem brindado, dando o dito pelo não dito.
Por tudo o que isto traduz nas espectativas dos enfermeiros. Não resta outra alternativa que não seja lutar pelo que é  justo e digno para todos os enfermeiros.
Vamos mostrar o nosso descontentamento.
Vamos todos participar nesta luta.



J.V.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A UNIÃO FAZ A FORÇA.







"Tenho constatado uma mobilização sem precedentes em torno da greve geral dos Enfermeiros. É raro. Não posso deixar de confessar o quanto me apraz ver esta união. Colegas habitualmente não aderentes, cépticos ou simplesmente "desligados" das lides sindicais, estão firmes no terreno da luta. Uns fazem greve, outros mínimos, para que os restantes colegas possam participar na previsível gigantesca (espera-se a maior de sempre) manifestação em Lisboa. Seremos muitos.

Aqui, pelos meus lados, tudo funcionou harmoniosamente, calma e melodiosamente, como uma uma partitura de Beethoven. Arrebatador. Os colegas com vínculos estáveis, trocaram os turnos com os precários e os provenientes das empresas de outsourcing. Organizou-se uma escala de serviços mínimos (que são pagos), para que as perdas económicas de quem ficar a laborar fosse reduzida ao mínimo, e assim se conseguem uma magnífica adesão de 100% durante 3 dias consecutivos! É impossível não concordar com as razões da nossa indignação.

 

Não é só aqui, por todo o país o movimento propaga-se e a força floresce dentro da classe. Os Enfermeiros são uma classe trabalhadora, dedicada, responsável, é bom ter-nos como amigos. Colaboramos. Como inimigos, livrai-vos do fogo do inferno. Na Finlândia, por exemplo, onde estava difícil vislumbrar um aumento salarial para os Enfermeiros, a classe fez-se compreender e bem. Bastou um aviso sério. Resultado: aumento de 28%."
 
 
Fonte: DR. ENFERMEIRO (Blog)
 

Vamos mostrar a nossa indignação perante tais propostas do M.Saúde para os enfermeiros, chega de discriminação.
J.V.

Enfermeiros exigiram em Leiria regresso às negociações.


Enfermeiros de Leiria em protesto

Um dossier reivindicativo foi entregue terça-feira no Governo Civil de Leiria por duas representantes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

As sindicalistas querem ver retomadas as negociações “no ponto em que estavam” com o Ministério da Saúde.

Dina Mendonça e Isabel Dinis aproveitaram ainda a ocasião para dar conta da precaridade que afecta muitos enfermeiros da região.

Fonte:




J.V.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A escadaria do Ministério da Saúde (Lisboa) ficou hoje "manchada" de branco...





"A escadaria do Ministério da Saúde (Lisboa) ficou hoje "manchada" de branco quando quatro dezenas de dirigentes e delegados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) depositaram ali as suas batas em protesto.

Também foram entregues cerca de nove mil cartas de "revolta" e "descontentamento" dos enfermeiros pela proposta salarial apresentada pelo Ministério da Saúde, explicou Guadalupe Simões, do SEP.
"Pelo dinheiro proposto, os enfermeiros não estão dispostos a trabalhar, independentemente de sabermos as responsabilidades que temos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde e na prestação de cuidados às pessoas", disse a sindicalista. E é por essas "responsabilidades" que os enfermeiros se recusam a ser tratados de forma diferente de outros funcionários públicos, sublinhou.
À espera de uma contra-proposta global da tutela, depois de entregarem quarta-feira a sua, os enfermeiros garantem estar disponíveis para negociar a qualquer momento.
O que mais divide as duas partes é, segundo Guadalupe Simões, o facto de o Governo não materializar "compromissos" assumidos anteriormente.
Agora a proposta apresentada é para "baixar salários ou aplicar a regra geral de transição da actual carreira para a futura, o que significa que os enfermeiros transitam com o actual salário, sem qualquer tipo de revalorização, algo que não aconteceu com outros sectores profissionais", explicou.
Nos outros casos, automaticamente houve transição para "posições relativamente à carreira técnica superior".
A proposta da tutela abrange 26 400 enfermeiros, a que se somam mais dez mil com contratos individuais e contratos a termo certo, "cuja situação também tem de ser resolvida no âmbito desta negociação".
Os enfermeiros estarão em greve entre 27 e 29 e a sindicalista já anteviu uma adesão "muito perto dos 100 por cento, o que não implica que os profissionais não prestem os serviços mínimos". Mas o objectivo é mesmo paralisar os serviços numa "perspectiva de se perceber que os enfermeiros são mesmo imprescindíveis nos cuidados de Saúde que prestam e por isso têm de ser valorizados".
Para a manifestação de 29 de Janeiro, a previsão é de uma participação entre 15 a 17 mil enfermeiros."


Fonte: Público.

MANIFESTAÇÃO NACIONAL DE ENFERMEIROS.

MANIFESTAÇÃO NACIONAL DE ENFERMEIROS.



29 DE JANEIRO – 14:30 H – MINISTÉRIO DA SAÚDE O FUTURO SERÁ O QUE HOJE SOUBERMOS CONQUISTAR!

ESTE É O MOMENTO! NÃO FALTES!

INSCREVE-TE JUNTO DOS DIRIGENTES SINDICAIS OU NAS DELEGAÇÕES.

PARA ALCANÇARMOS OS OBJECTIVOS TEMOS QUE CONTINUAR A LUTAR!

A DISPONIBILIDADE DE TODOS PARA VIREM À MANIFESTAÇÃO NACIONAL DE ENFERMEIROS, EM FRENTE AO MINISTÉRIO DA SAÚDE, É DE CRUCIAL IMPORTÂNCIA. ESTE É O MOMENTO E PERANTE ELE NÃO PODEMOS FICAR PASSIVOS.

OS SINDICATOS DISPONIBILIZAM AUTOCARROS PARA QUE O DIA 29 SEJA UM GRANDE DIA DE MANIFESTAÇÃO DO DESCONTENTAMENTO QUE SENTIMOS.

VEM! ESTA É UMA LUTA DE TODOS E PARA TODOS

O FUTURO SERÁ O QUE HOJE SOUBERMOS CONQUISTAR!

INSCREVE-TE JUNTO DOS DIRIGENTES SINDICAIS OU NAS DELEGAÇÕES:

CLICA  -   INSCRIÇÕES.



PROVÉRBIO:
"É PREFERÍVEL MORRER DE PÉ DO QUE PASSAR O RESTO DA VIDA AJOELHADO"
J.V.

TEMOS MAIS RAZÕES PARA PARALIZAR.



VAMOS MANTER-NOS ÚNIDOS A LUTA VAI CONTINUAR.


GREVE NACIONAL DE ENFERMEIROS:


Dias 27, 28 e 29 de Janeiro de 2010 – Turnos da Manhã e Tarde (27); Noite, Manhã e Tarde (28 e 29).

A reunião com o M.S. de ontem dia 20 de Janeiro.

ENFERMEIROS VÃO RESPONDER AO M. SAÚDE.




Clica para aumentar.
"...cuidados mínimos são apenas aqueles que, não sendo prestados, colocam em risco a vida dos utentes."


Reencaminhamos a informação que o SEP nos fez chegar sobre a reunião com o MS de ontem dia 20 de Janeiro:
"Decorrente do processo de luta em curso, hoje (20/jan), em reunião negocial com a CNESE (SEP+SERAM), o Ministério da Saúde:

- Retirou a sua Proposta apresentada na reunião de 8/1

Mantém a regra da NÃO valorização salarial na transição, ou seja:


SÓ daqui a 4 ANOS, o inicio seria pela posição 15 = 1201,48. Durante este período e de FORMA FASEADA, os enfermeiros transitariam da sua actual remuneração para aquele valor;

ATÉ LÁ, propõe que o ingresso fosse como Bacharéis, ou seja, pelos actuais 1020€;

Topo da categoria de enfermeiro = nível remuneratório 48;

Assume que os actuais Chefes e Supervisores não transitam para a prestação de cuidados (Enf. Principal);

Não apresentou propostas relativamente às restantes matérias.
CNESE apresentou uma contraproposta. Ministério da Saúde assumiu que iria apresentar contraproposta e marcar reunião.
A mobilização dos enfermeiros está a ter efeitos!



MANTER A MOBILIZAÇÃO PARA A GREVE e MANIFESTAÇÃO É DETERMINANTE.


A DISCRIMINAÇÃO MANTÉM-SE e... a LUTA CONTINUARÁ!
(29/Janeiro – Todos Fardados)

A Luta vai continuar



APELAMOS A TODOS A JUNTAREM-SE AO PROTESTO DE 29 DE JANEIRO, INCLUSIVE:

- ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

Organizem-se por turmas ou através da vossa Associação de Estudantes. Para quem não tiver farda, venham de PRETO (cor académica, e do Luto e Luta pela Enfermagem).

- ENFERMEIROS NO DESEMPREGO (a manifestação também é um protesto contra a precariedade e o desemprego de enfermeiros - ver ponto 2 dos Objectivos da Greve no pré-aviso). .

(o que sair desta negociação vai determinar os valores remuneratórios no vosso futuro profissional);

O TRANSPORTE PARA LISBOA É GRATUITO,
CONTACTEM A VOSSA DELEGAÇÃO REGIONAL DO SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES ATÉ 25 DE JANEIRO.
VAMOS DAR-LHES UMA RESPOSTA CLARA E INEQUÍVOCA.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SINDICATOS DE ENFERMAGEM ENTREGAM MILHARES DE CARTAS...

SINDICATOS DE ENFERMAGEM ENTREGAM MILHARES DE CARTAS INDIVIDUAIS SUBSCRITAS PELOS ENFERMEIROS, NA ÚLTIMA SEMANA.

Face à humilhante proposta apresentada pelo Ministério da Saúde na reunião negocial do dia 8/1, foram concretizadas reuniões em todas as instituições do país. Nestas reuniões foram remetidas cartas em que os enfermeiros demonstraram o seu descontentamento e revolta face à proposta apresentada.

AMANHÃ, DIA 21 DE JANEIRO, ÀS 11H00, UMA DELEGAÇÃO DOS SINDICATOS IRÁ ENTREGÁ‐LAS NO MINISTÉRIO DA SAÚDE.

Conumicado do SEP para a comunicação social.

Hoje é dia de reunião negocial com M. da Saúde.



Fazemos votos de que esta reunião seja positiva para os enfermeiros.

Estamos cansados de esperar e ser injustiçados.

Que se faça justiça, chega de discriminação.

Apelo para o bom senso do M. da Saúde.

J.V.

Enfermeiros "traídos" pela tutela entregam dossiê ao Governo Civil de Leiria.



A Direcção Regional de Leiria do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses entregou ontem no Governo Civil um "dossiê de descontentamento" quanto às propostas apresentadas pelo Ministério da Saúde sobre a carreira dos profissionais de saúde.


"Vimos entregar um dossiê de descontentamento sentido pelos enfermeiros", depois do "volt-face da ministra sobre uma proposta antes apresentada"", explicou aos jornalistas Dina Mendonça, depois de entregar a documentação no Governo Civil de Leiria.


A coordenadora da Direcção Regional de Leiria do Sindicato dos Enfermeiros garante que os profissionais de saúde "sentem-se traídos" pela tutela. Em causa, encontra-se a Proposta de Projecto de Diploma sobre Grelhas Salariais, Transições e Rácios para a categoria de Enfermeiro Principal, que "o Ministério da Saúde apresentou em reunião decorrida no passado dia 8 de Janeiro".


Os enfermeiros consideram "inqualificável que o Ministério da Saúde, no decurso de um processo negocial, apresente agora uma proposta mais recuada relativamente à que já tinha entregue a 7 de Setembro, quando inclusivamente, a 26 de Novembro, a senhora ministra admitiu que esta continha injustiças que tinham que ser ultrapassadas".


"Demonstrando uma verdadeira falta de respeito pelo processo negocial, pelos enfermeiros e pela profissão de enfermagem, a ministra da Saúde apresenta agora uma proposta pior", esclarece o sindicato, adiantando que a tutela pretende, com esta proposta, "diminuir o valor de ingresso da profissão, dos actuais 1.020 para 995 euros, durante os próximos quatro anos".


"Continuam a querer impor a regra geral de transição para a futura carreira, ou seja, a regra de não haver revalorização salarial", afirma o sindicato.


Depois de entregue o dossiê ao Governo Civil, o sindicato irá solicitar uma audiência junto do governador civil, ponderando ainda uma "concentração de enfermeiros" junto àquela entidade.


Para hoje, está prevista uma nova reunião entre os enfermeiros e a tutela, estando já agendada uma greve para os próximos dias 27, 28 e 29.


Dina Mendonça mantém "esperança" no resultado das negociações, esperando que se possa "chegar a um consenso", ou pelo menos, "a uma aproximação àquilo que tinham assumido em Novembro".



 

Fonte: Diário de Leiria
 
 
J.V.

Contra nova grelha salarial.

"...enfermeiros protestaram esta terça-feira, junto ao Hospital S. Marcos de Braga, contra a grelha salarial proposta pelo Ministério da Saúde para 2010.


Margarida Costa, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, sustentou que "o projecto de diploma relativo às grelhas salariais e ao regime de transição das carreiras é um retrocesso".

"Quem entra agora na carreira de enfermagem vai ganhar menos do que os que já lá estão", afirmou, alegando que a proposta do Ministério procede a uma desvalorização profissional dos novos profissionais.

No final da concentração, os enfermeiros entregaram no Governo Civil de Braga mil "cartas de indignação" contra a proposta salarial que definem como "vergonhosa".

A proposta do Ministério tutelado por Ana Jorge indica que o salário para quem inicia a carreira é de 995 euros, contra os 1020 euros que até agora eram pagos. No topo da carreira, os enfermeiros deixam de auferir 2900,72 euros para receber 2643,26 euros.

Fonte: Correio da Manhã.

J.V.

Marcha lenta.






COLEGAS

"A PRESSÃO E LUTA EM TORNO DE UMA GRELHA SALARIAL JUSTA E QUE REFLITA O NOSSO VALOR SOCIAL, QUE NÃO DISCRIMINE OS ENFERMEIROS DOS RESTANTES LICENCIADOS DA FUNÇÃO PÚBLICA PASSA POR A PARTICIPAÇÃO DOS ENFERMEIROS.
EM TODAS AS ACÇÕES QUE SE EFECTUAREM ALÉM DA PARTICIPAÇÃO NA MANIFESTAÇÃO DE DIA 29 EM LISBOA.
TODOS OS ENFERMEIROS QUE ESTÃO EM GREVE DEVEM PARTICIPAR NA MARCHA LENTA QUE A DIRECÇÃO REGIONAL DO PORTO VAI EFECTUAR DIA 28 DE JANEIRO, SENDO A SAÍDA DO -NORTESHOPPING - SRª DA HORA ÀS 8H3O. ESTA MARCHA TERÁ 2 TRAJECTOS, UNS CARROS “BLOQUEIAM” A VCI, OUTROS A CIRCUNVALAÇÃO E DIRIGEM-SE PARA A FRENTE DO H.S. JOÃO ONDE SE EFECTUARÁ UMA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA. QUANTO MAIS FORMOS MAIOR SERÁ A VISIBILIDADE DA LUTA DOS ENFERMEIORS!
O CARTAZ EM ANEXO DEVE SER REPRODUZIDO E COLADO NOS CARROS!
PASSA MENSAGEM, REPRODUZ CARTAZETE, COLOCA-O DESDE JÁ NO TEU CARRO!
COMUNICA A TUA DISPONIBILIDADE DE PARTICIPARES NESTA MARCHA.
O MOMENTO EXIGE A INTERVENÇÃO DE TODOS!
VAMOS MOSTRAR Á MINISTRA QUANTOS SOMOS!
VAMOS Á LUTA EM TORNO DE SALARIOS DIGNOS!"
A D.R. PORTO
Telefone: 225198607
Enf.ª Maria de Fátima Monteiro – 918682116
Enf.º Gil Vicente ‐ 918790356

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Imagens impressionantes do resgate de uma Enfermeira no Haiti.

Brasil em acção no Haiti.



Governo Brasileiro pede voluntários nos Hospitais, para irem em socorro das vitímas no Haiti, em Portugal ainda não vi nada nesse sentido, tenho a certeza que muitos  Enfermeiros Portugueses se iriam oferecer, hoje são os Haitianos amanhã podemos ser nós.

J.V.

Enfermeiros contra grelha salarial «vergonhosa».

"...Em declarações aos jornalistas, a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Margarida Costa disse que «o projecto de diploma relativo às grelhas salariais e ao regime de transição das carreiras é um retrocesso».


«Quem entra agora na carreira de enfermagem vai ganhar menos do que os que já lá estão», afirmou, dizendo haver um retrocesso em relação ao regime salarial em vigor, com uma desvalorização profissional dos novos enfermeiros.

No final da concentração, os enfermeiros dirigiram-se ao Governo Civil de Braga, no Palácio dos Falcões, onde entregaram mil «cartas de indignação» versando a proposta de grelha salarial.

A proposta governamental, revelada dia 08 aos sindicatos do sector, baixa o salário dos enfermeiros no ingresso da profissão dos actuais 1020 euros para 995 euros. O Ministério propõe que, até 31 de Dezembro de 2013, ao ingresso na profissão corresponda o salário de 995,51 euros, inferior ao actual que é de 1020,06 euros. No topo da carreira de enfermeiro, é também sugerida uma redução do vencimento dos actuais 2 900,72 para 2 643,26 euros."

Fonte: IOL DIÁRIO

FAQS.



FAQS:

SÓCIOS DO SEP, PODEM ACEDER ÁS RESPOSTAS A ESTAS QUESTÕES, NO SITE DO SEP:

http://www.sep.org.pt/

APENAS TÊM QUE SE REGISTAR NO SITE.


… sobre a Carreira de Enfermagem, Decreto-Lei nº 248/2009 de 22 de Setembro ( 25 itens )


...sobre concursos ( 6 itens )

… sobre duração e organização do trabalho dos enfermeiros ( 4 itens )

… sobre a Avaliação do Desempenho ( 9 itens )

…sobre o Estatuto Trabalhador Estudante para os enfermeiros em regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas ( 8 itens )

RCTFP: Lei nº 59/2008, de 11 de Setembro – anexos: I-Regime e II-Regulamento

…sobre o Estatuto do Trabalhador Estudante para os enfermeiros em Contrato Individual de Trabalho e no Sector Privado. ( 8 itens )

Código do Trabalho: Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro


J.V.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sindicatos únidos e Ordem dos Enfermeiros em sintonia.





Colegas, agora mais do que nunca estamos em sintonia. Depende de nós todos unir-mos esforços e estarmos à altura para responder à inqualificável proposta que a sra Ministra da Saúde fez aos Enfermeiros. Um verdadeiro ultraje à profissão.
Temos de sensibilizar a opinião pública para a justiça das nossas reivindicações.
Força colegas, vamo-nos manter firmes, a união faz a força.
J.V.

Contra proposta salarial “humilhante” do Governo.




"Os enfermeiros portugueses vão estar em greve entre os dias 27 e 29 de Janeiro, terminando com uma manifestação nacional frente ao Ministério da Saúde para contestar a proposta salarial do Governo que consideram “humilhante” e de “desrespeito pela classe”. A ministra Ana Jorge espera, entretanto, chegar a acordo com os sindicados do sector.Fernando Veludo/NFactos


Os enfermeiros contestam a proposta de ingresso na carreira com uma remuneração 995 euros

Em conferência de imprensa, os sindicatos do sector afirmaram ser “inqualificável” o Ministério da Saúde apresentar agora uma proposta salarial inferior à que tinha feito anteriormente. Os enfermeiros afirmam-se “humilhados” perante a proposta de ingresso na carreira com uma remuneração 995 euros, “abaixo dos actuais já injustos 1020 euros e muito longe dos 1200 euros de qualquer outro licenciado na Administração Pública”.

A agravar este sentimento de injustiça está o facto de estes profissionais terem adquirido licenciatura através de curso específico sem que tenham sido valorizados por este aumento de qualificações, acrescentaram os sindicatos.

Estes profissionais contestam ainda a quantidade de enfermeiros condenados a ficar longe do topo da carreira, uma vez que “apenas dez por cento chegam a essa categoria principal”."



Assegurando que nunca aceitarão a “desqualificação profissional”, os sindicatos manifestam-se disponíveis para encetar novas formas de luta depois desta greve de três dias, cuja duração não se repetia há mais de 20 anos.


A ministra da Saúde espera, entretanto, chegar a acordo com os sindicados dos enfermeiros, sublinhando que as negociações continuam em curso. “As negociações estão em curso e o que foi feito no último dia [de negociações com os sindicatos] foi marcar nova reunião para dia 20", afirmou Ana Jorge no Museu da Electricidade, em Lisboa, à margem da apresentação do relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes.


Ana Jorge afirmou que na próxima reunião as partes ainda não estarão “em condições de fechar completamente as negociações” e sublinhou que o acordo só pode ser feito no decurso das negociações. Segundo a ministra, ficou acordado no último encontro que os enfermeiros vão elaborar uma proposta que será enviada ao ministério para ser discutida dia 20. “Vamos tentar chegar a um acordo, obviamente com a consciência de que, quando há acordo, há cedência de parte a parte. Não só do Ministério da Saúde, mas também dos enfermeiros”, disse.
Questionada sobre a greve, a ministra comentou apenas: “São formas de luta que, em democracia, temos de aceitar”.

Além da paralisação nacional, os sindicatos afirmaram que estão previstas iniciativas regionais de concentração de enfermeiros junto a hospitais, Administrações Regionais de Saúde e governos civis.

Fonte: Publico

Tem mesmo que aceitar Sra Ministra, depois da proposta que apresentou aos enfermeiros, esperava o quê?...
J.V.

Enfermeiros despem a bata para protestar.




"A nova proposta do Ministério da Saúde para baixar os salários dos enfermeiros levou esta sexta-feira 10 profissionais da área a despir e a colocar as suas batas à porta do Governo Civil de Faro numa acção de protesto.


Na opinião dos enfermeiros, a proposta do Ministério, que prevê que o início salarial dos enfermeiros seja colocado abaixo da carreira técnica superior da Administração Pública, não respeita as qualificações académicas dos profissionais.
Em declarações aos jornalistas, Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) protestou contra esta medida afirmando que a classe se “sente humilhada” e não está disposta a “continuar a trabalhar desta forma”.
Antes de entrar nas instalações do Governo civil, a sindicalista afirmou que “uma remuneração de seis euros por hora é uma humilhação que não iremos permitir” e defende o reconhecimento que uma profissão que comporta riscos deve ter."


Fonte: Correio da manhã.
J.V.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Tomada de Posição Da Ordem dos Enfermeiros.



Negociações da Carreira de Enfermagem


Tomada de Posição
"A Ordem dos Enfermeiros (OE) tem acompanhado, com grande apreensão, tanto na comunicação social como na informação emitida por todos os sindicatos de enfermeiros, o ponto de situação relativo às negociações da Carreira de Enfermagem com o Ministério da Saúde.
Não temos dúvidas que as negociações em curso se integram na esfera da estrita responsabilidade dos sindicatos. Contudo, a gravidade do que tem vindo a público, com o consequente descontentamento generalizado dos enfermeiros - por ser atentatório da dignidade da sua profissão - causará impactos negativos na qualidade dos cuidados de Enfermagem, em particular, e de Saúde, no geral, que deverão ser evitados.
Face ao que fica dito, a OE entende pronunciar-se clara e inequivocamente, considerando:


1 – Ser inaceitável que o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças e da Administração Pública apresentem uma proposta em que existe um total desrespeito pelas condições dignas do exercício profissional dos enfermeiros que, nos serviços públicos de saúde, asseguram os cuidados de Enfermagem;


2 – Ser inaceitável que, pela aplicação cega de regras gerais, os actuais enfermeiros com responsabilidades na gestão dos serviços tenham um tratamento salarial que os distancia daqueles que virão a assumir funções semelhantes no novo modelo de carreira;


3 – Ser inaceitável que a proposta apresentada não só mantenha a discriminação dos enfermeiros face aos restantes licenciados da Administração Pública, como degrade, ainda mais, o actual valor do nível salarial de ingresso na carreira;


4 – Ser inaceitável que, num momento decisivo da reforma substancial do SNS em várias áreas, não se previnam conflitos laborais com os enfermeiros - maior grupo profissional da Saúde - que potencialmente podem conduzir a níveis de insatisfação e desmotivação nada favorecedoras à mudança preconizada, onde a participação de todos é fundamental ao sucesso da mesma.
Por tudo isto o Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros:


- Partilha o sentimento de profundo descontentamento manifestado pelas organizações sindicais e reconhece as razões que conduzem a formas de manifestação que, inevitavelmente, se repercutirão sobre os utentes dos serviços de saúde;


- Lamenta profundamente os prejuízos e o desconforto que as medidas anunciadas pelos sindicatos são susceptíveis de causar aos cidadãos e espera que os eles compreendam que as mesmas são também defensoras dos seus direitos;


- Lastima a ausência de compreensão por parte dos decisores políticos, após tão longo processo negocial, de que há valores intrínsecos à história desta profissão dos quais os enfermeiros jamais abdicarão;


- Espera que a Sr.ª Ministra da Saúde e o Governo compreendam a gravidade da situação e tomem as medidas necessárias que garantam o desenvolvimento do processo negocial em moldes que respeitem a dignidade e o reconhecimento do valor inquestionável que o exercício profissional dos enfermeiros merece.


Desta posição será dado conhecimento à Sr.ª Ministra da Saúde e será enviado ofício ao Sr. Primeiro-Ministro dando conta das implicações para a saúde dos cidadãos que decorrem da situação criada e da qual não pode ilibar a sua responsabilidade."


Lisboa, 15 de Janeiro de 2010


O Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros
 
 
Muito bem, já era aguardada pelos membros desta ordem alguma tomada de posição  e aqui está ela.
J.V.

Greve dos Enfermeiros.




" Quem me conhece sabe que, por princípio, sou contra as greves laborais (aqui). Sendo um direito dos trabalhadores, inalienável, sabemos que muitas vezes é usado pelas centrais sindicais essencialmente como um instrumento de mobilização e de agitação laboral e, por isso, nem sempre pelos melhores princípios.

Grande parte das vezes temos a percepção que a utilização do instrumento "greve" serve na essência os propósitos da chamada esquerda comunista e da extrema-esquerda. Estou obviamente a referir-me aos chamados partidos de "contra-poder" que por vezes servem essencialmente para agitar de forma controlada as grandes massas de trabalhadores com propositos unica e exclusivamente políticos.

Dito isto, e como não há regra sem as boas excepções, não posso desta vez deixar de estar de acordo com a greve anunciada pelos Enfermeiros Portugueses. As razões para esta greve são múltiplas e nunca como agora estes profissionais de saúde tiveram tantas razões para se manifestar.

Sendo uma das profissões mais relevantes na prestação dos cuidados de saúde pela efectivação diária dos seus múltiplos e diferenciados desempenhos em todas as instituições de saúde (e só quem alguma vez necessitou alguma vez na sua vida de cuidados diferenciados de enfermagem consegue dar a relevância ao que acabei de afirmar), temos assistido ao longo da última década a uma tentativa progressiva mas intencional, por parte de variados governos no "Poder", para a diminuição do prestígio destes profissionais.

Sabendo que nos últimos anos os profissionais de enfermagem, em geral, foram capazes de fazer um enorme esforço de adaptação aos padrões de exigência de uma sociedade moderna, exigia-se por parte dos órgãos de poder mais consideração e atenção aos problemas desta relevante profissão.

Ninguém hoje duvida que uma das profissões que mais esforço fez nos últimos 15 anos para aumentar os seus níveis de formação académica e, consequentemente, aumentar as suas competências profissionais foram os enfermeiros. E, neste ponto, estou a falar particularmente dos 2º e 3º ciclos de estudos superiores. Não me refiro aos já vulgares níveis de Licenciatura ou chamados de 1º ciclo. Quem conhece os meios académicos sabe que é extremamente vulgar encontrar alunos licenciados em enfermagem nos chamados 2ª e 3º ciclos de estudos superiores. O que revela o profundo interesse destes profissionais na melhoria da sua formação científica e profissional.

No entanto e apesar da descrição anterior, ao longo destes anos, o poder político em geral não foi capaz ou não quis reconhecer mérito a este grupo de profissionais. Para além destes, outros conhecidos grupos de pressão tudo fizeram para que, dentro e fora das instituições de saúde, a autonomia e o potencial de decisão aos profissionais de enfermagem fosse progressivamente diminuido. Como exemplo basta lembramo-nos da lei de gestão hospitalar que alterou a presença destes profissionais nos conselhos de Administração e em Órgãos de decisão.

Nada disto faz qualquer sentido e dificilmente se conseguem explicar estes acontecimentos especialmente pelos problemas conhecidos e sempre presentes neste sector. Para quem não entende o que quero dizer basta dar um exemplo: avaliem o último indicador que referencia a dívida pública dos hospitais. Já alguém fez ousou fazer um estudo que permita avaliar o valor das perdas pelo não aproveitamento do conhecimento instalado destes profissionais nas organizações de saúde? Deixo a sugestão a todos.

Todos os dias ouvimos notáveis deste país a apelar, e bem, à necessidade de formação académica e profissional dos trabalhadores portugueses. Todos os dias os ouvimos falar sobre a importância do "know-how" para os trabalhadores e para as empresas. Sabemos a relevância do conhecimento para o sucesso das organizações e para a melhoria da competetividade do nosso país. Ninguém coloca hoje em dia estas ideias de lado e quase ninguém fala de outra materia nos media.

No entanto, quando objectivamente se pode avaliar e verificar todo o esforço de uma profissão na melhoria da sua formação científica e profissional ao longo de mais de uma década, assistimos em sentido inverso a uma tentativa de "destruição" dessa mesma profissão. Digo "destruição" sem remorsos dado que os envolvidos se sentem traídos no enorme esforço em tempo e dinheiro que fizeram ao longo dos anos, se sentem traídos na falta de reconhecimento profissional por parte dos órgãos de poder político (e não só), se sentem traídos pelo não reconhecimento da sua actividade dentro das instituições, se sentem traídos na natural necessidade de ambicionarem melhorar os seus padrões de vida e se sentem em muitos casos traídos pelos seus próprios pares.

Como se pode compreender que os enfermeiros portugueses sejam os únicos profissionais que não são remunerados de acordo com o seu nível académico? Alguém consegue responder a esta questão de forma lógica? E, sendo muitos deles Mestres e Doutorados nas melhores Universidades do País e em várias áreas da saúde como se justifica não fazerem parte dos órgãos de decisão?

O preconceito histórico continua enraizado na cultura portuguesa face a esta profissão. As culturas institucionais de poder, por mero preconceito histórico, continuam de forma sustentada e intencional a querer subjugar estes profissionais sem se terem dado conta que tudo mudou e continuará a mudar à sua volta. Têm que conseguir destruir os seus "mitos" relativamente a esta profissão sob pena de ser continuar a perder uma importante base de trabalho no sector da saúde.

Em vez de procurarem considerar estes "players" como elementos úteis, capazes de fazer a diferença e funcionar como fortes aliados na definição de políticas de saúde mais eficientes e eficazes, estes mesmos órgãos de poder preferem, e em sentido radicalmente oposto, minimizar os elevados níveis de formação negligenciando de forma absurda tanta riqueza a que hoje a literatura define como "capital humano". Impensável numa sociedade que quer pertencer ao primeiro Mundo!

Infelizmente a proposta da actual Ministra da Saúde corrobora tudo o que acabei de escrever. Digamos que perante o descrito a proposta de Ana Jorge é, no mínimo, muito criticável. Razão pela qual, desta vez, estou do lado de quem tem todo o direito de se fazer ouvir perante tamanha afronta à dignidade e ao esforço destes profissionais."

Fonte: Link


Excelente artigo, obrigado.
J.V.

É justo?...



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De facto não é justo...

J.V.

Médicos contra a coordenação dos Enfermeiros nas UCC's!


Tinha que ser...
J.V.

Comentários do Coordenador do SEP.




Nova forma de discriminar ... ou não!




"Os Enfermeiros representam o grupo profissional com mais trabalhadores do sector da saúde! Todos os dias, o seu trabalho faz a diferença e representa ganhos em saúde para toda a população e País. No entanto, a penosidade, responsabilidade e risco a que estão sujeitos estes profissionais não é minimamente reconhecida, ao serem os ÚNICOS licenciados da função pública que não auferem como tal!


Somos menos que os outros?? Não me parece!!!! "




Fonte: Link