quinta-feira, 4 de março de 2010

Atropelo à greve: «Ilegal é o que a direcção fez»





"A direcção do Hospital Amadora-Sintra terá avisado enfermeiros com contrato e auxiliares de acção médica, na mesma situação, de que se fizessem greve «seria ilegal» porque «não são funcionários públicos». Corriam o risco de ter «faltas injustificadas» e ainda de «despedimento».

Greve: sindicatos falam em 80%, Governo em 14,1%

Um funcionário do hospital contou ao tvi24.pt que no turno da noite várias pessoas aderiram à paralisação, mas que de manhã vários elementos da direcção foram aos serviços avisar os enfermeiros e auxiliares de acção médica contratados, que se fizessem greve teriam «faltas injustificadas», porque não eram considerados função pública. Garantiram ainda que quem tinha aderido à paralisação durante o turno da noite iria sofrer as mesmas consequências e corriam o risco de ser «despedidos».

«Não sei se o objectivo deles era causar alguma pressão aos trabalhadores do turno da manhã ou se estavam mal informados. No entanto, a adesão à greve de manhã, foi quase nula», contou a mesma fonte, que prefere manter o anonimato. Ao início da tarde e, após a repetição do aviso, ninguém se terá atrevido a fazer greve.


Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) confirmou ao tvi24.pt conhecer a situação e explicou que «ilegal é o que a direcção do hospital fez». «Sabemos que contactaram os enfermeiros e os auxiliares de acção médica, todos com contrato individual de trabalho, e disseram que eles não podiam fazer greve. No entanto, basta ser um hospital EPE - Entidade Pública Empresarial -, para que todos os funcionários estejam abrangidos pelo pré-aviso de greve como funcionários públicos»..."

FONTE:  TVI 24


É só consultarem o código de trabalho para verem que a greve não é ilegal. Ameaças, chantagens e perseguições é já habitual neste país "democrático", e "dizem" que são "Socialistas", mas a palavra não combina com "Sócrates", ou será que combina!!!


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